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E-Card Junho 2016
E esta semana estão connosco os SillySeason com o seu PRADO DE FUNDO. Estreia 4ª 15 de Junho. E o Francis Seleck continua a ensaiar A INQUIETUDE de Valère Novarina, estreia na 4ª 20 de Julho.
PRADO DE FUNDO dos SillySeason Criação e interpretação Ana Sampaio e Maia, Cátia Tomé, Ivo Silva, Ricardo Teixeira e Rita Morais Criação e vídeo João Cristóvão Leitão Luz Sara Garrinhas Comunicação Tiago Mansilha Produção SillySeason Apoio Artistas Unidos, CCVF, O Espaço do Tempo, Rua das Gaivotas6 e Teatro Praga Projeto financiado Direcção-Geral das Artes e Fundação GDA M16
É uma questão de confiança. Pode confiar-se numa moldura, já numa fotografia… Partindo do universo d’O Cerejal, de Anton Tchekov, procuramos explorar a fotografia e o seu poder representativo apaziguador que prova desesperadamente a veracidade dos eventos vividos. Mesmo aqueles que não aconteceram. Fotografia © Alípio Padilha |
A INQUIETUDE de Valère Novarina Tradução e Encenação Francis Seleck Com Eduardo Breda Cenário Catarina Pé Curto Produção Cena Múltipla – Associação O Mundo do Espectáculo/Artistas Unidos Apoio Câmara Municipal de Almada M14 No Teatro da Politécnica de 20 a 30 de Julho Então sentei-me e disse às pedras: A acção é maldita. Nesta peça autobiográfica, relato de uma vida frenética e estagnante, Novarina contesta logo à partida a possibilidade do drama. A necessidade de agir acaba em desastre. O homem “animal dotado de linguagem” fala às pedras, aos animais, a Deus (o público?). Falar é um drama e o drama está na linguagem. O enfurecimento do verbo toma o lugar da acção dramática, a palavra é ela própria uma acção e verdadeira matéria do homem. Do vazio inicial ao “nada” final, num tempo desfigurado, assistimos a um confronto entre a escrita e o palco, que o actor, “aventureiro interior, desequilibrista, acrobata e trespassador perfeito”, num discurso descontínuo leva aos ouvidores de teatro. As palavras criadoras de Novarina transformam o real e com elas experimentamos desconhecidas e novas regiões de sentido, novas imagens, a alegria de estar no mundo. Fotografia © Jorge Gonçalves |