Passados vinte e seis anos de ter sido publicado, o romance O Cônsul, de Júlia Nery, continua a despertar o interesse do público leitor, ao qual trazemos esta 3.ª edição.
A obra será apresentada nas Correntes D’Escritas, pela Prof.ª Aida Baptista, dia 23 de Fevereiro, quinta-feira, às 19:30 horas.
Sinopse: Amarrotado pelos encontrões, sem nenhum cansaço apesar dos quilómetros que percorrera em tempo recorde, o Cônsul sentou-se a assinar vistos. Movia a caneta e o carimbo com uma tal energia frenética, que um dos depoentes no processo viria a dizer em sua defesa que ele lhe parecera então fora do seu juízo. O Cônsul assinou e carimbou até ser impedido por um funcionário do Governo que lhe transmitiu a ordem de regressar imediatamente a Portugal. Ter, pela primeira vez na vida, assumido frontalmente o seu desacordo com o poder, enfrentando grandes riscos cujos ecos lhe ensurdeceriam o futuro, fazia-o experimentar o apaziguamento de uma liberdade de si nunca antes conhecida. Recuperou a serenidade da expressão. Fora capaz de agir como quem era, em coerência com tudo aquilo em que verdadeiramente acreditava. Precisava disfrutar dessa glória até ao limite.
Júlia Nery nasceu em Lisboa (1939). Vive numa aldeia nos arredores de Cascais, onde foi deputada à Assembleia Municipal e professora do Ensino Secundário. A par da sua atividade no ensino, também como formadora na área da Didática da Língua, dinamiza oficinas de escrita e clubes de leitura. Publicou a sua primeira obra de ficção Pouca terra… poucá terra em 1984, a que se seguiram O Cônsul; Valéria, Valéria; www.morte.com; Infantas de Portugal; O Segredo Perdido; Crónica de Brites; Da Índia, com amor. Obra dramática: O Plantador de Naus a Haver (Prémio Eça de Queirós, 1994); Na Casa da Língua Moram as Palavras; Do Forno 14 ao Sud-Express; Aquário na Gaiola.
Tem obra traduzida em francês e alemão.
Na expectativa de podermos contar com a sua presença, enviamos o respectivo convite.
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Com os melhores cumprimentos,
Paula Teller
