POESIA AO AMANHECER – 283 – por Manuel Simões

poesiaamanhecer

LUÍS DE MIRANDA ROCHA

( 1947 – 2007 )

“FLUTUA NO AR…”

Flutua no ar a cabeça o sentido

da vida na cabeça do mundo na cabeça

Flutua no ar sobre as águas do mar

flutua flui levíssimo ligeiro

Flutua no ar semovente e ondula

tão veloz devagar tão enorme o imenso

Flutua no ar do coração intenso

o sentido intenso o senso de que

Se desliza resvala

(de “Nocturnos Litorais”)

Poeta, jornalista e crítico literário. Da sua extensa obra salienta-se: “O Corpo e o Muro” (1968), “As Mãos no Ar” (1976), “Afasia” (1978), “Os Sextos Sentidos” (1982), “Os Arredores do Mar, os Subúrbios da Noite” (1993), “A Luz da Noite, o Som do Mundo” (2001), “Nocturnos Litorais” (2003).

1 Comment

Leave a Reply