CELEBRANDO VINICIUS DE MORAES – 10 – por Álvaro José Ferreira Ausência

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Para ouvir os poemas de Vinicius de Moraes (os recitados e os cantados), há que aceder à página

http://nossaradio.blogspot.pt/2013/10/celebrando-vinicius-de-moraes_29.html

e clicar nos respectivos “play áudio/vídeo”.

SAMBA EM PRELÚDIO

Poema: Vinicius de Moraes
Música: Baden Powell
Intérprete: Vinicius de Moraes e Odette Lara* (in LP “Vinicius & Odette Lara”, Elenco, 1963, reed. Universal, 2001, 2004)

[instrumental]

Eu sem você
Não tenho porquê
Porque sem você
Não sei nem chorar
Sou chama sem luz
Jardim sem luar
Luar sem amor
Amor sem se dar

Eu sem você
Sou só desamor
Um barco sem mar
Um campo sem flor
Tristeza que vai
Tristeza que vem
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém

Ah, que saudade
Que vontade de ver renascer nossa vida
Volta, querido
Os meus braços precisam dos teus
Teus abraços precisam dos meus
Estou tão sozinha
Tenho os olhos cansados de olhar para o além
Vem ver a vida
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém

[instrumental]

Eu sem você
Não tenho porquê
Porque sem você
Não sei nem chorar
Sou chama sem luz
Jardim sem luar
Luar sem amor
Amor sem se dar

Eu sem você
Sou só desamor
Um barco sem mar
Um campo sem flor
Tristeza que vai
Tristeza que vem
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém

Ah, que saudade
Que vontade de ver renascer nossa vida
Volta, querido
Os meus braços precisam dos teus
Teus abraços precisam dos meus
Estou tão sozinha
Tenho os olhos cansados de olhar para o além
Vem ver a vida
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém

* Arranjos e regência – Moacyr Santos
Produção e direcção – Aloysio de Oliveira
Assistente da direcção artística – José Delphino Filho
Gerente de produção – Peter Keller
Gravado no Estúdio Rio Som, Rio de Janeiro, em 1963
Engenheiro de som – Norman Sternberg
Técnico de gravação – Norman Sternberg

VALSINHA

Poema: Vinicius de Moraes
Música: Chico Buarque (Francisco Buarque de Hollanda)
Intérprete: Chico Buarque* (in LP “Construção”, Philips, 1971, reed. Philips/Polygram, 1988, Universal, 2000)

Um dia ele chegou tão diferente
Do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a dum jeito muito mais quente
Do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto
Era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto
P’ra seu grande espanto
Convidou-a p’ra rodar

Então ela se fez bonita
Como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado
Cheirando a guardado
De tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços
Como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça
Foram para a praça
E começaram a se abraçar

E ali dançaram tanta dança
Que a vizinhança
Toda despertou
E foi tanta felicidade
Que toda a cidade
Se iluminou
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos
Como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz

* Chico Buarque – voz e violão
Arranjos – Magro e Rogério Duprat
Produção e direcção (estúdio) – Roberto Menescal
Gravado no Estúdio da Phonogram, Rio de Janeiro
Técnicos de gravação – Toninho e Mazola

SÓ POR AMOR

Poema: Vinicius de Moraes
Música: Baden Powell
Intérprete: Odette Lara* (in LP “Vinicius & Odette Lara”, Elenco, 1963, reed. Universal, 2001, 2004)

Só por amor
Só por paixão
Só por você
Você que nunca disse não
Só por saber
Que o coração
Sabe demais
Que a razão não tem razão

Por você que foi só meu
Sem jamais pensar porquê
Por você que apenas tinha
Razões e mais razões para não ser

Só por amor
Só por amada
Só por amar
Meu amor, muito obrigada

[instrumental]

Só por saber
Que o coração
Sabe demais
Que a razão não tem razão

Por você que foi só meu
Sem jamais pensar porquê
Por você que apenas tinha
Razões e mais razões para não ser

Só por amor
Só por amada
Só por amar
Meu amor, muito obrigada
Meu amor, muito obrigada
Meu amor, muito obrigada
Meu amor, muito obrigada

* Arranjos e regência – Moacyr Santos
Produção e direcção – Aloysio de Oliveira
Assistente da direcção artística – José Delphino Filho
Gerente de produção – Peter Keller
Gravado no Estúdio Rio Som, Rio de Janeiro, em 1963
Engenheiro de som – Norman Sternberg
Técnico de gravação – Norman Sternberg

Sei Lá… A Vida Tem Sempre Razão

Poema: Vinicius de Moraes
Música: Toquinho (Antônio Pecci Filho)
Intérpretes: Toquinho e Vinicius de Moraes* (in LP “Toquinho e Vinicius”, Discos RGE, 1971, Random, 1993, reed. Universal, 2001)

Tem dias que eu fico
Pensando na vida
E sinceramente
Não vejo saída
Como é, por exemplo
Que dá p’ra entender
A gente mal nasce
Começa a morrer
Depois da chegada
Vem sempre a partida
Porque não há nada
Sem separação

Sei lá, sei lá
A vida é uma grande ilusão
Eu sei lá, sei lá
Só sei que ela está com a razão

Sei lá, sei lá
A vida é uma grande ilusão
Sei lá, sei lá
Só sei que ela está com a razão

A gente nem sabe
Que males se apronta
Fazendo de conta
Fingindo esquecer
Que nada renasce
Antes que se acabe
E o sol que desponta
Tem que anoitecer
De nada adianta
Ficar-se de fora
A hora do sim
É um descuido do não

Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Eu sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão

Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão

[instrumental]

De nada adianta
Ficar-se de fora
A hora do sim
É um descuido do não
Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Eu sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão

Sei lá, sei lá
Só sei que é preciso paixão
Eu sei lá, sei lá
A vida tem sempre razão

* Arranjos – Briamonte
Produção – Toquinho
Coordenação – J. Shapiro
Técnico de gravação – Milton Rodrigues

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