saio em busca do meu poema
nas luzes da madrugada
ooooo
o que encontro
são bêbados
da noite infinda e sulfúrea
ooooooooo
dói intensa a saudade
do estado alterno
que não dura
ooooooo
de ser amada pelos deuses
quando nasce a poesia…
o
do que era fervor
– nostalgia
do que foi fogo
– só cinzas!
Ilustração – Quadro de Dorindo Carvalho