LISBOA VAI TER, DE NOVO, O CINEMA IDEAL, DESTA VEZ DEDICADO A FILMES PORTUGUESES por Clara Castilho

Alguém se lembra do cinema Ideal, em Lisboa? Ali ao Camões, na Rua do Loreto, perpendicular à Calçada do Combro?  Vi lá, pelo menos que me lembre, um belo filme de Hitchcook.

Pois, depois de ter estado em ruínas, e pela mão da produtora Midas, vai voltar a ter vida. Tem uma capacidade de cerca de 200 lugares, uma cafetaria e uma livraria, vai estar aberto cerca de 14 horas por dia, e ao fim de semana terá sessões para famílias. Vai dedicar-se, sobretudo à divulgação do cinema português, nomeadamente documentários, mas também filmes estrangeiros clássicos.

O projecto de recuperação, do arquitecto José Neves (Prémio Secil de Arquitectura 2012), custou cerca de 500 mil euros, incluindo equipamento .

Não houve apoio da Secretaria de Estado da Cultura, mas a Câmara Municipal de Lisboa, depois do projecto já iniciado apareceu a dar apoio. E há parcerias várias: Cinemateca (exibição de filmes de Paulo Rocha) e a casa da Imprensa.

cinema ideal

A abertura será com a estreia em sala do premiado filme de Joaquim Pinto E agora? Lembra-me. Nesse dia também se poderá ver a reposição do filme de John Ford A Desaparecida (1956).

No dia 11 de Setembro – mês em que o Cinema Ideal cumpre 110 anos – será a vez de Os Maias, de João Botelho, na versão longa, num exclusivo para o Cinema Ideal.

A MIDAS Filmes nasceu em 2006 e foi criada por pessoas que há muito trabalham na área do cinema.

Começou por criar um catálogo de referência na edição DVD (catálogo que hoje tem mais de 200 filmes), tendo também começado a estrear filmes nos cinemas (mais de 60, até agora) e produzido 15 documentários e agora a mais recente longa-metragem de João Canijo.

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