A instabilidade no início dos anos lectivos começa a ser um facto recorrente. São professores sem emprego, são falhas informáticas nas colocações. São os cortes nos ordenados. É o Ministério da Educação a pedir aos directores, a meio da noite, para indicarem os nomes dos professores sem componente lectiva, para mais uma manobra, com novas regras caídas do céu, e de todos desconhecidas.
São escolas que encerram. São escolas que iniciam o ano sem terem cobertas todas as turmas. São pais desorientados, sem saber com o que contar.
São crianças do 1º ciclo que chegam a ter cinco professores no mesmo ano lectivo. São crianças que não têm escolas perto de casa, têm que se deslocar em transportes escolares, ficando tempos infindos fora de casa, à espera da hora de todos os alunos se reunirem e fazerem o caminho de regresso. São concentrações excessivas de crianças em mega agrupamentos, o que já foi provado ser um factor de risco. São currículos que mudam constantemente, sem se aferir se os anteriores tinham qualidade.
É o número de jovens que não estudam, nem trabalham, que não tem parado de crescer, representando já quase 17% da população nacional entre os 15 e os 29 anos, segundo o estudo anual da OCDE sobre o sector da Educação, apresentado a semana passada.
Resumindo: é o desrespeito pelos profissionais, pelas crianças, pelos pais, por todos nós. Que se pagará caro daqui a uns anos.
*E a ileteracia vai entrando de mansinho -é fácil e mais barato .*
*Só os ricos terão acesso à literacia …Maria â*