RAPARIGAS E RAPAZES DE LISBOA – MARIA HELENA VIEIRA DA SILVA, DE LISBOA AO BRASIL, PASSANDO POR PARIS.

dia de lisboa

Maria Helena Vieira da Silva nasceu em Lisboa no dia 13 de Junho de 1908, na rua das Chagas, freguesia da Encarnação. Caso inédito, foi aos onze anos que ingressou na Academia de Belas-Artes de Lisboa. No ano de 1928, Paris recebe-a, tinha ela 20 anos. Aí estudou com Fernand Léger e outros mestres. Conheceu o pintor húngaro Arpad Szenes, com quem se casou. Com a chegada da 2ª guerra mundial, e dado que o marido era judeu e que a pintora tinha perdido a nacionalidade portuguesa, é o Brasil que os recebe. Depois de  1948 voltam a Paris, com pleno reconhecimento público das suas obras. Foi a primeira mulher a receber o “Grand Prix National des Arts” em 1966. A época que Portugal viveu em  25 de Abril de 1974 foi vivida com entusiasmo, sendo responsável pelos cartazes “A poesia está na rua”, de colaboração com Sophia de Mello Breyner.

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Foi eleita Membro da Royal Academy of Arts de Londres (1988), ordenada Officier de la Legion d’Honneur com insígnias entregues pela mão do Presidente François Mitterrand (1991). Além de figurar nas principais colecções nacionais, a sua obra encontra-se também entre alguns dos melhores museus mundiais, como no Centre Georges Pompidou (Paris), MoMA e Guggenheim Museum (Nova Iorque), Walker Art Center (Minneapolis), Tate Collection (Londres), Museo Thyssen-Bornemisza (Madrid), Art Institute of Chicago (Chicago), Ashmolean Museum (Oxford) ou na Pinacoteca do Estado de São Paulo (São Paulo).

Ajudou na criação da Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva, junto do Jardim das Amoreiras, em Lisboa, onde se pode admirar uma pequena parte da sua obra inconfundível.  Posteriormente, desenhou os painéis de azulejos das estações do Rato e da Cidade Universitária do Metropolitano de Lisboa.

A última consagração, já em 2013, foi a atribuição do seu nome a uma cratera em Mercúrio, distinção conferida pela União Astronómica Internacional (MS).

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