No próximo dia 7 de Maio, uma quinta-feira, vai haver eleições no Reino Unido. As previsões são de haver um equilíbrio entre conservadores e trabalhistas, ambos a terem votações muito acima dos restantes partidos. A seguir o mais votado será o UKIP, classificado como de extrema-direita, por advogar a expulsão dos imigrantes e a saída da União Europeia (UE) de um modo radical. Este partido, liderado por Nigel Farage, parece que terá um número reduzido de deputados devido ao sistema eleitoral britânico. Entretanto, o partido liberal terá uma grande quebra, embora conservando um numero razoável de deputados, podendo assim, caso a previsão se confirme ainda desempenhar um papel nas negociações pós-eleitorais. Quem também poderá fazer parte de uma coligação será o SNP- Scottish National Party, robustecido pelo resultado importante no referendo sobre a independência da Escócia, em que, embora derrotado, teve um resultado apreciável.
De certo modo, poderia dizer-se que nada de novo irá ocorrer no Reino Unido. Que os partidos tradicionais vão continuar à frente do país. Simplesmente há várias questões que terão de ser enfrentadas. Uma delas, que interessa a toda a Europa, é a de se vai haver ou não referendo sobre a permanência do Reino Unido na UE. Esta questão, já abordada no passado em vários sectores da vida do país, incluindo pelo próprio primeiro-ministro David Cameron, vai continuar a agitar o país, e ameaça desestabilizar a UE. Embora o assunto pareça ter sido ter tratado de modo mais discreto ultimamente, ele continua latente. O tratamento dado à questão dos migrantes/refugiados que procuram atravessar o Mediterrâneo poderá agravá-lo, como o demonstra o ar de duro de Cameron quando respondeu a perguntas à entrada para uma conferência de líderes europeus. Entretanto, a hipótese de o Reino Unido sair da UE poderá causar uma agitação ainda maior que a situação na Grécia, ao nível do continente europeu.
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