Referindo o título de um importante ensaio de Hall Foster, The Return of the Real, apresentam-se momentos da arte da contemporânea em que a necessidade do real se faz sentir, após alguma exaustão de múltiplos experimentalismos, em que as linguagens artísticas quase exclusivamente promoveram a apresentação/reflexão sobre os respectivos media. Imergência de um discurso em que algo se desliga do compromisso de uma clássica noção de vanguarda, para recuperar, reinventar, reapresentar, temas eternos da história da arte. Esta sessão inaugura um ciclo de quatro conferências organizado por Sílvia Chicó: |
Mário Dionísio, na introdução de Conflito e unidade da arte contemporânea, disse: «Falo principalmente […] para aquele público que – em vez de avaliar a obra pela cotação do mercado ou de exclamar diante de certas obras “isto também eu fazia” – compreendeu há muito, ou está compreendendo, que o que se passa nas telas está intimamente relacionado com o seu comportamento perante elas […]».
Durante o mês de Janeiro, vamos tentar perceber as pequenas (e grandes) dificuldades, problemas e questões na escrita de textos, no desenho, na pintura, na fotografia e na dança. «Isso também eu fazia!»? Então, faz! Nesta sessão, vamos pintar com Pierre Pratt. |
Ao fim da tarde, pelas 18h30, continua a leitura comentada, com projecção de imagens, de A Paleta e o Mundo de Mário Dionísio. Vamos na 3ª parte, «Os primeiros pintores malditos». Quem lê o 3º capítulo, «Um prato com maçãs ou a virgindade do mundo», é Zuleide de Medeiros Martins.
Mais tarde, às 21h30, inserido no ciclo «Rupturas no cinema», projectamos o filme Applause (1929, 80’) de Rouben Mamoulian, apresentado por João Pedro Bénard. «O que a arte moderna nos mostra na sua acidentada evolução é o desaparecimento do assunto ou apenas uma deslocação, aliás profunda, do conceito de assunto? É verdade que a arte dos últimos oitenta anos deixou progressivamente de narrar. Mas terá ela deixado de dizer? Haverá arte que não diga?». Mário Dionísio, na conferência Conflito e unidade da arte contemporânea, falava das artes plásticas. E no cinema? Também foi esse o caminho? Propomos, para estes três meses, um percurso pela história do cinema (bastante mais curta que a da pintura ou da escultura) que tenta mostrar filmes que representam rupturas, avanços ou mudanças, sejam técnicas ou estéticas. Não seria possível pretender ser exaustivo num tema destes. Por um lado, o cinema evoluiu de forma célere ao sabor dos avanços da técnica, mas também e muito das mudanças nas sociedades, nas políticas, nas vidas. |
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