Ópera do Malandro é uma peça do gênero musical escrita por Chico Buarque de Holanda, em 1978, e dirigida por Luís Antônio Martinez Corrêa. A ideia de escrever uma adaptação dos clássicos “Ópera dos Mendigos” de John Gay, e “A Ópera dos Três Vinténs” de Bertolt Brecht e Kurt Weill nasceu de uma conversa de Chico Buarque com o cineasta moçambicano Ruy Guerra. A Ópera do Malandro está atualíssima, ou seja, continua a fazer parte de um Brasil conhecido pela maioria dos brasileiros. Um “cafetão” de nome Duran, que se faz passar por um grande comerciante e sua mulher Vitória, que do nome nada herdou. Vitória era uma ”cafetina” que, na realidade, vivia da comercialização do corpo. A sua filha Teresinha era apaixonada por uma patente superior, Max Overseas, que vive de golpes e conluios com o chefe de polícia Chaves. Outras personagens são as prostitutas, apresentadas como vendedoras de uma butique, e a travesti Geni. A peça passasse na década de 1940, tendo como pano de fundo a legalidade do jogo, a prostituição e o contrabando. Mostra um contexto em tudo semelhante ao actual terceiro milénio, em que continua o “jogo do bicho“, entre outros tantos, as prostitutas do “calçadão” de Copacabana e o contrabando nas ruas de CDs, DVDs. Todas as músicas são da autoria de Chico Buarque que, pelo seu talento, consegue harmonizá-las com o texto. Esta versão da Ópera do Malandro de Chico Buarque tem adaptação e direção de Eliana Carneiro acompanhada por um grande elenco.