EDITORIAL – UM PAÍS DESIGUAL É UM PAÍS DIVIDIDO

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O caso do salário do novo presidente da Caixa Geral de Depósitos vai dar que falar. Claro que o salário é excessivo, como também o são a maior parte dos salários dos directores dos bancos privados, das empresas públicas, das empresas privatizadas, privadas etc.. O problema começa por aí: em Portugal o leque salarial está demasiado aberto, desculpem, as diferenças salariais são demasiado grandes. E a entrada para a União Europeia não parece ter contribuído sequer para atenuar o problema. ´

Entretanto, é anunciado um aumento de 10 euros para pensões até 633,53, ficando de fora as abaixo de 264 euros porque, justifica-se o anunciante, já terão sido aumentadas na vigência do governo anterior. O montante que se poupa com esta restrição em relação às pensões mais baixas de todas será de 24 milhões de euros (no OE 2017), se bem conseguimos perceber os números que nos apresentam.

O que é um aumento mensal de 10 euros? Mais com certeza do que um aumento de 1-2 euros. Mas não será com mais 10 euros que alguém vai melhorar significativamente a sua vida. Será melhor do que nada. Mas não sai do quase nada. É este o espectáculo que o orçamento de estado para 2017, e a respectiva discussão, oferecem ao país.

Não são só os partidos políticos e os restantes agentes que têm responsabilidades neste estado de coisas. Eles terão mais do que os restantes, com certeza. Mas nós os outros também temos.

Propomos que que cliquem nos links abaixo e leiam os artigos respectivos.

 

http://www.esquerda.net/opiniao/pensoes-guia-para-perceber-o-que-se-passou-e-o-que-nao-se-pode-passar/44978

https://www.publico.pt/economia/noticia/lamento-informar-mas-o-salario-de-domingues-e-de-todos-eles-1748197

https://aviagemdosargonautas.net/2016/10/19/a-carga-fiscal-nao-aumenta-em-2017-ate-diminui-embora-pouco-e-as-pensoes-aumentam-10-e-mas-nao-para-todos-por-eugenio-rosa/

 

1 Comment

  1. O Executivo Nacional presidido pelo Advogado António Costa, muito lamentavelmente, contem fragmentos e opta por deliberações que, de facto, nada abonam em seu favor. Se, triste sina, assim é, em compensação – compensação muitíssimo feliz – fica a dever-se-lhe o favor de estar a fazer as alianças políticas bastantes para, com isso, ter posto com dono – esperemos que de vez – os sociopatas formatados à perfeição pelo montanheiro oriundo de Portugal mais ao sul. A questão dos vencimentos dados aos administradores da CGD, não passa dum roubo ao erário nacional e explicado duma maneira inaceitável. Se para afirmar-se competência naquela tarefa de mero capitalista – para mais, daqueles sem riscos financeiros pessoais – é preciso pagar-se tanto dinheiro, então, que dizer dos outros profissionais que executam tarefas imensamente necessárias á sociedade, praticadas com riscos de vária ordem e, constantemente, com exercícios altamente exigentes tanto em saberes teóricos como técnicos acrescidos, é indubitável, de responsabilidades sociais muito marcadas. Que dizer, outro exemplo, dos quadros mais altos das hierarquias castrenses – indigitados com a responsabilidade de compromissos muito especiais – que, sabe-se, vivem, mês a mês, de compensações matérias muito limitadas. Que saberão de especial estes administradores nomeados para a CGD que não seja sabido por qualquer outro quadro profissional, dentro dos mais diferenciados, com anos e anos deste organismo bancário?CLV

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