A VIAGEM DOS ARGONAUTAS COMPLETA HOJE SEIS ANOS

Hoje, 1 de Agosto de 2018, o nosso blogue completa seis anos. No dia 1 de Agosto de 2012, após algumas edições experimentais, lançávamos a nossa primeira edição regular – no dia 12 de Agosto do mesmo ano, surgiu a nossa primeira edição especial ao centenário do nascimento de Jorge Amado – um grande sucesso, com numerosos textos originais a merecer milhares de visitas.

A nossa implantação é, neste momento, o único factor positivo, pois estamos atravessando uma grave crise, com falta de colaboração a todos os níveis – carência de originais e de «postadores» para os poucos artigos que nos chegam. Uma desmotivação generalizada que, como disse, só não se reflecte nos índices de audiência, sendo particularmente de referir a subida de consulta vinda dos Estados Unidos.Esta situação não implica que ponhamos a nossa Argus no estaleiro. Estamos a procurar remar contra a maré, contra os ventos e as monções. Estamos a procurar congregar boas vontades. O nosso blogue procura ser uma voz defensora dos valores mais puros e básicos da Democracia – não queremos, nunca quisemos, ser uma montra de habilidades, uma feira de vaidades. Sem demagogia (ou, pelo menos, sem demasiada demagogia, sem sectarismo, aceitando o contributo de todos os democratas, com ou sem partido, mas sempre sem permitir que os aparelhos partidários se instalem no interior da nossa barca, conseguimos criar um público fiel. O mito de Sísifo tem sido por nós exibido como bandeira que drapeja no nosso mastro real. E repetimos o que temos dito em aniversários anteriores: é conhecido o mito de Sísifo, condenado pelos deuses a fazer rolar uma pedra até ao cimo de uma montanha. Logo que Sísifo alcançava o pico, a pedra caía até ao sopé e o pobre Sísifo reiniciava a tarefa de a levar até ao cume. Moral do mito: não há castigo mais terrível do que ter de realizar um trabalho inútil. Mas Homero considerou Sísifo um herói, e Albert Camus dedicou um profundo ensaio ao Mito de Sísifo […]Para que serve um blogue? – a pedra ia já a meio da encosta, quando caiu. E cá estamos nós a empurrá-la de novo. […] São bem-vindos todos os que defenderem a Liberdade.

Respeitando estes princípios, queremos, ganhar o nosso espaço, lutando pela qualidade e pela liberdade de expressão, pela isenção. Aceitamos colaboradores de todas as ideologias e filiações partidárias, desde que democráticas, mas recusamos que no blogue se defendam políticas partidárias ou se tente fazer proselitismo. Recusamos também a análise imediatista. Apostamos na crítica construtiva, consistente e portadora de alternativas. Não aceitaremos difundir boatos. O debate de ideias será feito com respeito pelas ideias alheias. Quem critica, fá-lo-á atacando ideias, mas respeitando pessoas. Estaremos muito atentos ao mundo da cultura – livros, filmes, peças de teatro, exposições de arte – sem a preocupação de uma cobertura exaustiva – merecerão a nossa especial atenção. Uma agenda cultural publicada aos Domingos completará essa acção informativa. E apresentaremos, sempre que possível, textos literários originais – contos, poemas, críticas. Resumindo – desejando-se a maior liberdade, mas há princípios a respeitar, pelo que algumas «liberdades» – as tais que afrontam a Liberdade – não serão aceites.

E é com esta pequena quantidade de princípios e com este reduzido capital de intenções que vamos tentar sobreviver à tempestade- Navegar, navegar tem sido o nosso hino – a famosa composição de Fausto Bordalo Dias, segundo o arranjo de Jorge Salgueiro, interpretada de forma superior pela Banda de Vilela, regida pelo Maestro José Ricardo Freitas.

 

 

 

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