Diário de bordo de 10 de Maio de 2012

 

 

Hoje não vamos explorar as efemérides, embora em 10 de Maio tenham nascido Fred Astaire,  Artur Paredes, ambos em 1899,  Dom António Ferreira Gomes, Bispo do Porto, em 1906, Ettore Scola, em 1931… Em 10 de Maio de 1871 foi assinado em Francoforte o pacto entre  a França e a Prússia que poria termo à guerra entre os dois países, mas que, consagrando a derrota de França nos campos de batalha, abria a estrada ao espírito de conquista dos prussianos, à formação da Alemanha, a Bismarck, a Hitler, a Merkel… Mas foi também o rastilho para o incêndio da Comuna de Paris. Pano para mangas, como se vê. Mas hoje não há regressos ao futuro com idas ao passado – vamos lá mergulhar no pântano das notícias.

 

Na Grécia, as coisas estão complicadas. Tirar a batata quente do lume, é coisa que não agrada nem à esquerda, nem à direita. Aliás, continuamos a pensar que, em Portugal, o PSD fez um grande favor ao PS assumindo o governo na altura em que o fez. Talvez um governo do PS não tivesse ido tão longe nas medidas de terrorismo social, mas, algumas restrições teria de pôr em prática e desgastado como estava, bastava-lhe ter cortado 10% aos 13º e 14º mês para provocar uma ira generalizada. Esta gente que ocupa São Bento, dá vontade de rir quando faz planos para 2018… Mas alguém acredita que em 2018 ainda lá estão?

 

Porém, as perspectivas de mudança não são boas – Seguro revela-se vazio de ideias, um cágado manhoso que deita a cabeça de fora por diversas vezes antes de avançar um centímetro. Escutou os conselhos de Soares e depois fez o que os patrões europeus querem que faça. Agora vai aconselhar-se com Cavaco. Diálogo no escuro.

 

O lado das boas notícias fica vazio – A não ser que consideremos que Soares dos Santos ter garantido que o Pingo Doce não fará outra campanha como a do 1º de Maio e de Obama ter dito que aprova os casamentos de homossexuais, se considerem boas notícias.

 

Se calhar devíamos ter falado do Fred Astaire. Ou do Bispo do Porto, que sacrificou a sua carreira e pôs em risco a sua segurança para tomar uma atitude digna. Falámos de gente que sacrifica a dignidade para não pôr em risco a segurança.

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