O título é mesmo este, para que ninguém venha ao engano!
Porque me palpita que a maior parte dos passageiros e dos tripulantes da nossa nau não estará lá muito virada para “fòtebóis”. E assim… nem iniciam a leitura.
Não venho falar-lhes de classificações, nem de jogadores, nem de títulos, de nenhum desses assuntos que absorvem tanta da nossa gente. E não só da nossa. Felizmente, se é verdade que “mal de muitos é conforto”.
Comprei há dias o Guia Record de futebol 202/3.
Os dados que essa publicação me fornece não são definitivos, porque os clubes ainda podem “comprar” mais jogadores e ainda podem “vender” jogadores que, à data da saída da publicação, ainda lhes “pertenciam”.
As minhas observações dizem respeito aos elementos atuais.
Estão – pelas minhas contas, que, apesar da ajuda de máquina de calcular, não garanto estejam certas… – inscritos 426 jogadores. O que”dá” uma média um pouco superior a 23 jogadores por equipa concorrente.
Desses, 162 são Portugueses. Algumas equipas têm, em 27 ou 28 jogadores, 5 e 6 jogadores Portugueses. O Desportivo da Corunha, Espanhol, da vizinha Galiza, tem lá 7 jogadores Portugueses. Há 38/39 anos, um clube português fazia gala de jogar só com Portugueses. Hoje, em 28 atletas, 6 são nossos compatriotas. Esse clube, que, por muitos anos, foi o maior fornecedor da Seleção Nacional, atualmente ou não está representado nela ou tem lá um ou dois jogadores seus. Outro clube – este da Segunda Liga – só incluía jogadores naturais do concelho. Na próxima época, em 27 praticantes, tem 19 Portugueses, 1 Senegalês, 1 Guineense, 1 Brasileiro, 1 Cabo-Verdiano, 2 Chineses, 1 Guatemalteco, 1 Georgiano.
Jogadores Brasileiros temos cá 115. Quase 27% do total.
Dos restantes, não fiz as contas a quantos havia por país. Vou indicá-los por nacionalidades. E por ordem alfabética.
Alemanha, Angola, Arábia Saudita, Argélia, Argentina, Áustria, Bélgica, Bósnia, Cabo-Verde, Camarões, Camarões, Chile, Colômbia, Costa do Marfim, Costa do Marfim, Croácia, Egito, Eslovénia, Espanha, Estados Unidos da América, França, Gana, Guiné, Holanda, Inglaterra, Líbano, Malásia, Mali, Marrocos, Moçambique¸ Montenegro, Nigéria, Paraguai, Peru, Rússia, Salvador, São Tomé e Príncipe, Senegal, Senegal, Somália, Suíça, Uruguai, Venezuela. Do Liechtenstein, da República de S. Marino e do Vaticano ainda não há registo. Mas as nossas fronteiras estão abertas. Somos muito hospitaleiros.
Apesar de ter dito que não fazia as contas ao número de jogadores por nacionalidade, sempre lhes direi (porque dá nas vistas) que o maior número é de Argentinos.
Com a preciosa ajuda da maquininha de calcular, vejo que a percentagem de jogadores Portugueses em ação é de 38%, mais uns pozinhos. Pelo que a de estrangeiros (ou não originalmente Portugueses, caso dos Luso-X) é de 61%, mais uns pozões.
Forneci factos.
Quererão os Prezados Companheiros de Tripulação e Passageiros aventar conclusões ou simples reflexões?
E quererão expressá-las?