Pentacórdio para Terça 4 de Dezembro

por Rui Oliveira

 

 

 

   A Terça-feira 4 de Dezembro vai ser, como aliás Terças anteriores, pobre em eventos novos pelo que (como temos feito) aconselharíamos o recurso ao cinema (que deixámos por ver) ou às exposições abertas cujo encerramento se avizinha.

   Entretanto, há ainda :

 

Sin verguenza_Cartaz   No Instituto Cervantes, às 18h30, dentro do ciclo “De pata negra: Cine español con sello de calidad”, exibe-se o filme “Sin vergüenza” (Espanha, 2001), uma comédia de Joaquín Oristrell com Verónica Forqué, Daniel Giménez Cacho, Candela Pena, Rosa Maria Sardà e Jorge Sanz nos principais papéis e que recebeu um Goya para a Melhor Actriz Secundária e a nomeação para o Goya do Melhor Guião Original.

Sin_verguenza   Terceira longa-metragem de um dos realizadores mais prestigiados do mais recente cinema espanhol, pertencente ao género ”cinema dentro do cinema” pois se trata de uma comédia clássica, cheia de enredos e equívocos, na qual as personagens são actores e a trama a história de um reencontro.

   Sinopse : Uma professora de arte dramática (Isabel)recebe um guião para uma peça. Ao lê-lo descobre que é baseado num romance intenso, fugaz (durara apenas 17 horas) mas inesquecível, que ela vivera alguns anos antes com o autor do guião (Mário), actual encenador. Encontram-se mas ela finge não reconhecer. Ambos têm amantes jovens …

   Este é o seu trailer (ou não fosse a versão americana…) :

 

 

 

 

carlos barrettoCarlosBarrettocores_ctb_e1   O Ondajazz é sempre um refúgio para os amadores de jazz, mormente nesta Terça-feira 4 de Dezembro onde o “residente” contrabaixista Carlos Barretto organiza, às 22h30, uma Jam Session com os seus colaboradores habituais Dan Hewson piano e Alexandre Frazão bateria.

   O som que daí sairá, ainda não registado por o trio ser recente, assemelhar-se-á ao do Trio anterior com Mário Delgado e José Salgueiro soando assim (?) :

 

 

 

 

duelo improvisadoduelo improvisado 1   Nesta Terça-feira 4 de Dezembro volta ao Teatro Villaret às 21h30 (repetindo Terça 11) o aparente sucesso de “Duelo Improvisado”, uma competição em palco com duas equipas que, com o teatro de improviso como arma de combate, “esgrimem a melhor forma de arrancar gargalhadas ao público”, onde “um árbitro com ar de poucos amigos, modera a partida, marca faltas, intimida com o apito e pede sugestões ao público que é quem, no final, decide através do seu voto quem é o vencedor desta batalha teatral !”.

   Os Instantâneos desafiam os muito experientes Impromadrid, sendo os primeiros: André Sobral, Eva Sarmiento, Manuel Duarte, Marco Graça, Marco Martin, Nuno Fradique, Paulo Cintrão, Ricardo Soares e Cecilia Hudec.

   Foram registadas algumas cenas da temporada anterior que permitem avaliar o humor em jogo :

 

 

 

   Dizem alguns conhecedores que terá particular interesse neste dia 4 de Dezembro (Terça-feira) no “InShadow Festival Internacional de Vídeo, Performance e Tecnologias, uma iniciativa da Vo’Arte que noticiámos ter começado no passado Sábado 1 de Dezembro predominantemente no São Luiz Teatro Municipal, a performance  When We Meet Again (Introduced as Friends)” de Me and the Machine (Reino Unido), vencedor do “Arches Brick Award 2010 (UK)”.

When-We-Meet-Again-2-web   Este vídeo-jogo através de iPod com óculos de vídeo e duração de 9 min. concebido por Sam Pearson (também autor da música) e Clara García Fraile, é experimentado por cada espectador durante dez minutos das 21h às 23h30 e até Sexta 7 de Dezembro na Sala de Ensaios do Teatro São Luiz.

   “Quando eu te conheci, tu vias-me, mas eu não te conseguia ver, diz a mulher invisível”. “When We Meet Again (Introduced as Friends)” é um filme que é construído pelo espectador, uma performance de um-para-um, uma experiência sensual e bizarra entre ti e o teu amigo invisível. É uma viagem sem o sentido da visão, através de encontros mediados pela tecnologia, onde és dirigido pelo que ouves à tua volta, apesar de saberes que aquilo não existe verdadeiramente.

   Como um filme em tempo real, esta peça é uma reflexão sobre a forma como a tecnologia audiovisual molda as interacções humanas e sociais e sobre a função (e disfunção) do corpo nestes tempos inundados pelos meios de comunicação.

   Eis excertos e as correspondentes “explicações” do criador :

 

 

 

 

63959-944-550cinicos-sirven-oficio-ryszard-kapuscinski_1_2_774443   Por último, quanto a exposições cujo termo se avizinha, os amadores de fotografia poderão (deverão) ir à Galeria Carlos Paredes na sede da Sociedade Portuguesa de Autores (Rua Gonçalves Crespo, nº 62) ver a mostra O Poeta da Reportagem – Ryszard Kapuscinski (1932-2007)”, o jornalista e fotógrafo polaco nascido em 1932 que ficou conhecido pelas suas reportagens internacionais, nomeadamente em Angola, nos anos 1960 e 70. A mostra percorre as viagens do pai do ‘jornalismo literário’, através de imagens e extractos dos seus livros, entre os quais o primeiro que escreveu, “Selva à Polaca”, sobre a Polónia dos anos 60 e pode ser vista de Segunda a Sexta das 9h às 18h até meados de Dezembro.

   Foi este o vídeo feito para a sua divulgação :

 

 

 

 

José Francisco Azevedo   Outra exposição fotográfica que encerra a 15 de Dezembro é a de José Francisco Azevedo e Ruth Rosengarten intitulada “Fracções” e que se encontra no Teatro da Politécnica, actual sede da Companhia “Artistas Unidos”.

   Com curadoria de Emanuel Cameira, reúne uma vintena de fotografias a preto e branco da autoria de José Francisco Azevedo (à esquerda)  (com um corpus de trabalho iniciado essencialmente desde finais da década de 80) e cerca de trinta a cores, da autoria de Ruth Rosengarten (à direita), artista radicada há onze anos em Inglaterra e dirigindo presentemente a sua prática criativa mais para os domínios da fotografia e do desenho.Bikaner_Ruth Rosengarten (1)

   O objecto desdobrável Fracções, numa tiragem de 250 exemplares, estará disponível aquando da inauguração.

   Diz a curadora : “Se no caso de Ruth Rosengarten importa destacar a singular ocasião destas suas fotografias serem expostas pela primeira vez em Portugal, no caso de José Francisco Azevedo é a oportunidade de rever o trabalho de um fotógrafo que permaneceu afastado dos circuitos expositivos durante a última década”.

 

 

(para as razões desta nova forma de Agenda ler aqui ; consultar a agenda de Domingo aqui )

 

 

 

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