A Liberdade, a cultura, a democracia e a justiça social são as nossas paixões.
A Liberdade, a cultura, a democracia e a justiça social são as nossas paixões.
Estado espanhol, sim, existe – não é essa a questão que colocamos. Há cinco séculos, os reis católicos, começaram a designar como «Espanha» a união dos seus dois reinos. Espanha, Hispaniae, significa o espaço geográfico da Península. O nome antecipava, portanto, a união de todas as nações peninsulares. Como sabemos, Portugal esteve 60 anos integrado, ou melhor, os reis legítimos de Portugal foram, entre 1580 e 1640, três reis castelhanos – mas os portugueses preferiram enfrentar uma guerra, que se manteve por 28 anos, a ter no trono reis estrangeiros. Porque se tratava e trata de uma falsa união – tratou-se e trata-se de uma maneira de Castela hegemonizar as outras nações, de lhes impor o seu idioma e a sua cultura. Actualmente, a Catalunha, a Galiza e o País Basco dão sinais de querer abandonar o estado que centraliza em Madrid decisões que entendem competir aos seus povos. A jangada de pedra, como Saramago chamou à Península Ibérica, parece estar a desfazer-se. O Estado espanhol existe – mas Espanha, como a sonharam Isabel e Fernando, é uma utopia que, como tudo o indica nunca se ir cumprir. Para a nossa edição de quinta-feira, que será coordenada por Pedro Godinho, solicitamos a vossa atenção e os vossos comentários.