LEVAR A CARTA A GARCIA – por António Mão de Ferro

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A velocidade com que se desenvolvem teorias sobre gestão e a facilidade com que se acede às novas tecnologias não têm sido acompanhadas pela mudança de atitudes. As teorias sobre motivação também não têm conseguido aumentar as formas de intervenção nas organizações, não sendo raro que quem dirige ou quem é dirigido se encontre perdido. Se por um lado na maior parte dos casos as pessoas se sentem ligadas à organização por dela fazerem parte, por outro, consciente ou inconscientemente, acabam por ficar enredadas em rotinas, nivelando por baixo o seu comportamento. Isto, conjugado com a crise que se atravessa, está a contribuir para a falência de muitas empresas e a atirar para o desemprego muitos milhares de pessoas.

Para que se deixe continuar a assistir à falência de empresas, com as desastrosas consequências a que vimos assistindo, e para que seja possível a criação de empresas que venham substituir as desaparecidas, é necessário que se criem condições para levar a “carta a Garcia”. Reza a estória que quando da guerra entre Espanha e os Eua, a propósito da colonização de Cuba pelos primeiros, era necessário entrar em contacto com urgência, com o chefe dos insurretos Cubanos, o General Garcia, que se encontrava algures nas montanhas de Cuba, mas ninguém sabia onde. Não se conseguia comunicar com ele pelos meios existentes à época, o correio e o telégrafo. No entanto o Presidente dos Estados Unidos tinha de o encontrar com urgência e obter a sua cooperação

Que fazer perguntava o presidente? Alguém então lhe disse: Há um homem que consegue entregar a carta a Garcia.

Mandaram chamar esse homem e deram-lhe uma carta para entregar a Garcia. Ele pegou na carta, colocou-a sobre o coração e quatro dias depois, desembarcou de um pequeno barco, de noite, na costa de Cuba. Ao fim de três semanas saiu da ilha pelo outro lado da costa, depois de ter atravessado a pé uma região hostil e ter entregado a carta ao General Garcia.

Nos tempos que correm é imprescindível que as empresas sejam capazes de cumprir a missão a que se propõem por mais difícil ou impossível que possa parecer.

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