Na próxima quinta-feira completam-se 39 anos sobre o 25 de Abril de 1974 – Passadas estas quase quatro décadas, prevalece uma certa desilusão com a democracia que a «Revolução dos cravos» nos devolveu. Entre os que nasceram depois, muitos nem sabem o que a data significa. E há quem seja da opinião que já não há nada a festejar, pois as promessas que nos foram feitas têm sido sistematicamente violadas. Há quem, com alguma razão, pense que comemorar o 25 de Abril é apenas uma forma de tranquilizar consciências.

 Na nossa opinião, celebrar o 25 de Abril é prestar homenagem aos militares que derrubaram a ditadura e também às sucessivas gerações de resistentes antifascistas que, perseguidos, presos, torturados,  nunca desistiram de lutar ao longo dos quase 50 anos de regime salazarista. Foram eles que, espalhando o ideal da democracia nos campos, nas escolas, nos quartéis,  criaram um ambiente receptivo ao derrube da ditadura. Nas Forças Armadas, jovens soldados e oficiais vindos das Universidades, transportaram para o seio da instituição militar, que foi durante muito tempo, com a Igreja Católica, o pilar principal do regime salazarista, as ideias democráticas.

Uma expressão muito ouvida é a de que «precisamos de um novo 25 de Abril». Entendemos que não – o de 1974 foi suficiente. Só precisamos de reacender a fogueira fraterna que há 39 anos se acendeu nos corações de milhões de portugueses.

Esquecer o 25 de Abril seria de uma imperdoável ingratidão para com o MFA e para com os milhares de mártires do regime fascista. Seria trair a História.

Celebremos a data gloriosa de 25 de Abril de 1974!

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