O CUSTO DE NADA FAZER – 7 – por Júlio Marques Mota

Um exemplo notório de que, com os estímulos propostos, foi o de se estar a gastar dinheiro em expandir e melhorar as tecnologia da informação a nível governamental o que é, provavelmente, uma ideia muito boa , mas digam-me, quantos especialistas na concepção e produção de softwares estão desempregados? À medida em que nós estamos a fazer esse grande esforço para melhorar o software das agências do governo, nós estamos a subir os salários desses técnicos.

Naquela altura havia esta questão curiosa que não estava nada neste contexto. Mas também, quando se olha para os efeitos negativos do desemprego de longa duração, vê-se que estes trabalhadores estão desligados do tecido social e produtivo e sabe-se que nós temos uma dificuldade, de os voltar a inserir. Estas são pessoas que vão ser um desafio sério em termos de gastos ao longo da vida para o governo. São eles que explicam as nossas estatísticas de seguros de invalidez, por exemplo.

Se alguém de 40 anos e não é empregado há 25 anos, isto custa muito dinheiro aos governos, e se pensarmos racionalmente em reduzir as despesas , talvez é valha a pena pagar o seu primeiro ano num empregador privado. Contratação directa, ou um subsídio directo para a contratação, poderia poupar aos contribuintes uma fortuna. E poder-se-ia salvar uma vida.

A coisa mais importante que se deve levar as pessoas a entender é que ainda se trata de uma emergência nacional. O desemprego é baixo e a criação de emprego está a melhorar , mas isso não significa, necessariamente, de que as pessoas sobre quem estamos a falar estejam a ver melhorias significativas no que se está a passar neste campo. Ainda é uma emergência e é realmente muito importante.

Elucidativo o texto da direita americana, elucidativo este texto de Kevin Hassett, em que afinal a direita americana até parece estar a esquerda de muita esquerda institucional europeia, possivelmente graças à verticalidade de um homem e ao impacto que as suas ideias têm na sociedade americana. Neste caso falo de um homem que, na minha pobre opinião, bem podemos considerar como próximo de ser um outro Roosevelt, falo do Presidente Obama . Mas nada disto temos na Europa.

De tudo isto, senhor professor, umaconclusão se tira, a de que com esta crisemuita gente tem andado a esconder a cara [ater tido a cobardia] e a viraras costasface ao sofrimento humano que se vive nesta Europa martirizadae com uma insensibilidade de ferro. A Humanidade está primeiro, lembre-se. E a História julgará, sempre foi assim, sempre será assim, estes mesmos comportamentos, sendo certo de que por vezes não é nada meiga.

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