5. Chegada de outro náufrago
Um dia ao pôr do sol, os nossos homens estão sentados junto ao mar e discutem os seus problemas quando vislumbram ao longe um bote com um homem, remando. Acorrem prontamente para ajudar o navegador solitário e prestar-lhe os primeiros socorros. Após esses cuidados, conversam… O náufrago é oriundo de um país algures na Europa. Chama-se Martinho.
Felizes por terem mais um companheiro, os cinco homens acolhem-no com entusiasmo e fazem com ele uma volta à ilha. E dizem-lhe: –“Embora perdidos no meio do oceano, longe do resto do mundo, não somos de muitas queixas. A terra é fértil e a floresta também. Uma única coisa nos faz falta: não temos moeda para nos facilitar a troca dos nossos produtos.”
-“Bendigam o acaso que me trouxe até vós – responde Martinho. – O dinheiro não tem mistérios para mim. Eu sou banqueiro e posso, em pouco tempo, instalar um sistema monetário que vos dará plena satisfação. “
– Um banqueiro!… um banqueiro!… – um anjo vindo direitinho do céu não teria inspirado maior reverência – Não estamos habituados, em países civilizados a inclinarmo-nos perante “Suas Excelências” os banqueiros, que controlam as pulsações da Finança?
Amanhã – O deus da Civilização