8. A quem aproveita o dinheiro novo?
Lá estavam as cinco pilhas de notas em cima da mesa.
– Antes de vos distribuir este dinheiro é preciso que compreendeis certos pormenores. – e acrescentou:
– O dinheiro é baseado no ouro guardado no cofre do meu banco. Portanto o dinheiro é meu…, não fiqueis tristes, pois eu vou emprestar-vos este dinheiro, que empregareis como quiserdes. Entretanto só vos cobrarei os juros. Visto que o dinheiro em circulação é raro, é mesmo inexistente, eu creio ser razoável pedir um pequeno juro de apenas 8 por cento ao ano.
– O senhor é, de facto, muito generoso!
– Um último ponto meus amigos: antes de receber o dinheiro, cada um de vós vai assinar este documento. É um compromisso pelo qual cada um de vos se compromete a pagar juro e capital, sob pena de confiscaçào das vossas propriedades. Oh! uma simples garantia. Eu não tenho a menor intenção de me apropriar de vossas propriedades. Eu contento-me simplesmente com o dinheiro, e estou plenamente seguro que vós conservareis os vossos bens, que me devolvereis o dinheiro e me pagareis o devido juro.
– É de muito bom senso, Senhor Martinho, nós redobraremos de ardor no trabalho e tudo reembolsaremos.
– E é tudo- Vinde ver-me, se porventura surgir algum problema. O banqueiro é o melhor amigo do mundo… Agora aqui estão os 200 dólares.
E lá foram os cinco amigos, radiantes com as notas nas mãos e no pensamento.
Amaanhã: Um problema de aritmética.