Tal como Mammom, Martinho sabe que aquele que controla o sistema monetário de uma nação, controla essa nação. Mas sabe também que para manter esse controlo e domínio, é preciso manter o povo na ignorância, e entretendo-o com qualquer outra coisa.
Martinho notou que entre os cinco insulares, dois são conservadores e três são liberais. Isto transpareceu durante as conversas entre os cinco, sobretudo quando se tomaram seus escravos. A habitual divergência entre azuis e vermelhos.
De tempos a tempos, Henrique, o menos partidário, sugeria a criação de uma força do povo para fazer pressão sobre o governante… Força perigosa para qualquer ditadura. Martinho vai aplicar-se a envenenar o mais possível o ambiente, explorando as discórdias políticas.
Servindo-se da sua impressora faz aparecer dois jornais semanários: “O sol”, para os vermelhos “A Estrela” para os azuis.
“O Sol” diz: Se vocês já não são donos das vossas casas é por causa desses atrasados mentais dos azuis, sempre agarrados a seus interesses.
“A Estrela” afirma: A vossa dívida nacional é obra dos malditos vermelhos, sempre prontos para aventuras políticas.
Os nossos dois grupos políticos guerreiam-se em altos gritos, esquecendo-se do verdadeiro causador do cativeiro, o fiscal do dinheiro: Martinho.