A ILHA DOS NÁUFRAGOS, de Louis Even – 16 – Fábula que permite compreender o mistério do dinheiro

16 – Os destroços de um bote salva-vidas

Imagem3Um dia, Tomás, o prospector mineiro, descobriu, encalhado   ao fundo de uma enseada nos confins da ilha e tapado por grandes arbustos   um bote-salva-vidas, sem remos, sem outro vestígio de de ter sido utilizado a não ser uma caixa muito bem conservada. Abrindo a   caixa, descobriu além de roupa e de algumas outras coisas insignificantes, um livro-álbum em bom estado que logo despertou a sua atenção. O livro tinha por titulo: O Primero Ano   de “A Caminho de Amanhã” (Michael Journal). Curioso,   o nosso Tomás sentou-se e abriu o volume. Leu-o, ou melhor, devorou-o. O rosto iluminou-se-lhe:

– Aqui está o que deveríamos ter sabido há muito tempo.

 – De maneira alguma, o  dinheiro apoia o seu valor nas reservas de ouro; o valor do dinheiro é retirado das mercadorias   que com ele se adquirem.

– O   dinheiro pode ser uma simples abstracção contabilística – os créditos passam de uma conta para a outra, de acordo com as compras e vendas realizadas. O total do dinheiro é igual ao total   da produção.

– A qualquer aumento de produção, deve corresponder um aumento equivalente de   dinheiro… Nunca deve haver juros a pagar sobre o dinheiro nascente… O progresso   representa não uma dívida pública, mas um dividendo igual a cada um… Os   preços, ajustados ao poder de compra por um coeficiente de preços. O Crédito   Social…

Tomás não   aguentou mais e correu, com o livro na mão, compartilhar sua esplêndida  descoberta com os quatro companheiros.

Amanhã:17. O dinheiro, simples abstracção contabilística

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