EDITORIAL – DOIS ANOS DE TRABALHO. E A VIAGEM CONTINUA.

Imagem2Em 1 de Setembro de 2011, depois de termos durante o mês de Agosto publicado diariamente edições experimentais, realizámos a primeira edição regular. Mudámos, em Julho de 2012, para uma nova plataforma. Um novo grafismo obrigou a um período de adaptação, mas hoje está perfeitamente assimilado.  Um dos motivos por que mudámos foi o de na plataforma anterior termos uma informação insuficiente sobre os números. E os números atingidos num ano de trabalho, são estimulantes. No dia 1 de Setembro próximo completamos dois anos e teremos uma edição especial. O mês de Agosto, com alguns argonautas de férias, terá uma programação mais leve, menos densa, embora obedecendo à tipologia que sempre procurámos imprimir a este blogue.

Definindo em poucas palavras essa tipologia, diríamos que, tendo no plano ideológico um pluralismo de esquerda como valor central, no plano editorial queremos, tanto quanto possível, evitar que A Viagem dos Argonautas se transforme na tal “feira de vaidades” de que falámos no editorial de 1 de Setembro de 2011 – mostrar as habilidades literárias dos colaboradores não faz parte do nosso programa; esses dotes poderão ser evidenciados (sempre que existam) na exposição de ideias, na defesa ou na contestação de posições. Serão sempre para nós um meio e nunca um objectivo. Tal como os comentários meramente jubilatórios, congratulatórios, sendo em alguns casos justificados, são, como regra, inconvenientes e desnecessários. Os comentários são ideias em movimento e vemos com agrado que aqueles que surgem no nosso blogue, aprovando ou não, têm um conteúdo crítico. Mas reservamo-nos o direito de não aprovar comentários. É um direito que nos assiste e que temos usado muito raramente. Os comentários são textos e não faz sentido que os aprovemos se não se situam dentro dos parâmetros que definimos para os posts. Os comentários que cortámos eram exemplos de puro integrismo. E neste blogue podem defender-se as ideias próprias e contestar-se as alheias, mas sempre com o respeito que quem pensa de maneira diferente da nossa nos deve merecer. O princípio «quem não pensa como eu é estúpido» é moeda que não circula aqui. Tal como a ideia de que o blogue pode ser usado como plataforma exclusiva de uma causa.

Um aspecto em que insistimos é no respeito pelo direito de autor. Sabemos que a nossa posição é pouco usual, mas fazemos questão de não piratear – a autorização expressa do autor ou do editor, constitui condição para que publiquemos um determinado post. Sem arrogância, mas com algum orgulho, afirmamos que não precisamos seja de quem for que não queira publicar no nosso blogue. Aqui só publica quem manifestar interesse em o fazer.  Não temos o direito (ninguém tem) de publicar tudo o que entendemos ser de boa qualidade se quem escreveu não declarar aceitar ser por nós editado.

Vamos, ao longo de Agosto, homenagear os textos com mais leituras. Sabemos que um maior número de leituras não significa maior qualidade, mas é importante sabermos o tipo de2aniv (2) temas e de abordagens que colhem mais interesse por parte dos leitores. Neste ano de funcionamento na nova plataforma, ano que amanhã se completa, tivemos cerca de 250 mil leituras distribuídas por 14 500 posts que mereceram 3800 comentários. Portugal, como é lógico, concentra o maior número – 174 000. O Brasil com 36 000 leituras e o Estado espanhol com 17 000, ocupam os dois lugares seguintes. Por quase todos os países do mundo, dividem-se as restantes 23 000 leituras. Números de um ano, salientamos.

A caminho de entrar no terceiro ano de publicação, a nossa Argos vai navegando – navegar é preciso (viver também é preciso).

A viagem continua.

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