POESIA AO AMANHECER – 344 – por Manuel Simões carlosloures18 de Dezembro de 201317 de Dezembro de 2013Literatura Navegação de artigos PreviousNext SÉRGIO VIEIRA ( 1941 ) TRÍPTICO PARA ESTADO DE GUERRA ( I quadro) Grevistas cadáveres de Xinavane dando mãos fraternais às bocas definitivamente abertas dos camponeses de Mueda PARA QUE FOME SAIA DOS VENTRES Pés andando e trepando carregando com orelhas que ouvem lições novas diferença subtil da bala que mata e outra que só faz barulho PARA QUE HOMENS NÃO MORRAM NA MINA Jovens de olhos negros e sobretudos em paisagens de neve e línguas estranhas PARA QUE CRIANÇAS SAIBAM LER Trabalhadores de campos brancos de algodão de poeira cinzenta de cimento jovens acariciando formas ásperas de granadas atravessam longos corredores de Universidades PARA QUE UM POVO LIVRE MAIS OUTRO POVO LIVRE SEJAM AMIGOS (de “Poesia africana di rivolta”) Poeta moçambicano. Incluído na colectânea “Poetas de Moçambique” (CEI, 1962) e também na “Breve Antologia de Literatura Moçambicana” (1967). Antologiado na “Poesia africana di rivolta” (ed. bilingue, 1969). Share this:Click to share on Facebook (Opens in new window)Click to share on Twitter (Opens in new window)Click to share on LinkedIn (Opens in new window)Click to share on WhatsApp (Opens in new window)MoreClick to email this to a friend (Opens in new window)Click to print (Opens in new window)Like this:Like Loading...