POESIA AO AMANHECER – 452 – por Manuel Simões

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ARMINDO TREVISAN

                                               ( 1933 )

            POR QUE QUEBRAR AS ASAS?

 

            Por que quebrar as asas contra o muro?

            Também a carne tem as suas leis.

 

            Deixa que as asas vinguem, e flutuem

            na luz, ou no vazio do deserto.

 

            Mas é preciso dar-lhes, sobre o espaço,

            um gole de ar, o mesmo ar que se aspira

 

            onde a existência é leve borboleta,

            e dá suporte aos versos do poeta.

            (de “A dança do fogo”)

Poeta e ensaísta. Da sua obra poética citamos: “A surpresa do ser” (1967), “O abajur de Píndaro/ A fabricação do real” (1975), “A dança do fogo” (1995).

 

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