ARMINDO TREVISAN
( 1933 )
POR QUE QUEBRAR AS ASAS?
Por que quebrar as asas contra o muro?
Também a carne tem as suas leis.
Deixa que as asas vinguem, e flutuem
na luz, ou no vazio do deserto.
Mas é preciso dar-lhes, sobre o espaço,
um gole de ar, o mesmo ar que se aspira
onde a existência é leve borboleta,
e dá suporte aos versos do poeta.
(de “A dança do fogo”)
Poeta e ensaísta. Da sua obra poética citamos: “A surpresa do ser” (1967), “O abajur de Píndaro/ A fabricação do real” (1975), “A dança do fogo” (1995).