Falámos já aqui anteriormente sobre as últimas decisões em relação à Educação Especial. Uma das opiniões veio da Associação Pais-em-Rede, iniciada em 2008 e que conta com 2500 associados distribuídos por 21 núcleos regionais. As escritoras Luísa Beltrão, Alice Vieira e Luísa Ducla Soares apresentam três livros sobre crianças portadoras de deficiência em Setembro do ano passado, em parceria com o Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida. Vamos falar sobre esses livros.
Um versa o tema da trissomia 21, outro o autismo, outro a paralisia cerebral. O objectivo foi de “Aproximar as crianças ditas normais destes meninos especiais, que também são pessoas, não são uma abstracção. A convivência e inclusão beneficia todos. Queremos contrariar a deficiência social, que afasta quem é diferente.”
Luísa Beltrão contou a sua história pessoa com sua filha, Alice Vieira encarregou-se da história do menino com autismo, Luísa Ducla Soares da paralisia cerebral.
Associação Pais-em-Rede tem como missão: Congregar, num movimento de âmbito nacional, famílias de pessoas com incapacidades, mobilizando toda a sociedade para uma causa que é comum; Promover a realização de estudos e diagnósticos de situação e propor linhas de orientação; Dar formação especial a pais e cuidadores de pessoas com incapacidades.
Pretendem construir um mundo onde os deficientes sejam olhados como pessoas em toda a sua plenitude e o papel das suas famílias valorizado.
Tiveram e têm vários projectos a decorrer. O principal é responder à realidade de que nenhuma família a quem nasça um/a filho/a com deficiência está preparada para desempenhar o difícil papel de educar esta criança, que sabe estar marcada pela dificuldade em integrar-se na sociedade, com um projeto de vida pessoal. Depois têm o Projecto Oficinas de Pais/ Bolsas de pais , financiado pela Direcção Geral de Saúde e Fundação Calouste Gulbenkian (2011-2014). Ainda apoiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, a Escola-em- rede destinada à formação de professores. E isto porque a inclusão escolar das crianças/jovens com necessidades educativas especiais pressupõe uma colaboração efectiva entre pais e profissionais.