EDITORIAL – O BANCO ESPÍRITO SANTO E A UNIÃO EUROPEIA

logo editorial

Quando ocorreram as últimas eleições europeias várias pessoas, de diferentes quadrantes , chamaram a atenção para que, na campanha eleitoral,  se discutiam muito os problemas nacionais, mas pouco os problemas europeus.  Esse facto indesmentível foi claramente motivado pelos graves problemas causados aos portugueses pela políticas de austeridade, cujos efeitos foram bastante agravados pelos disparates dos maus políticos que nos governam. Mas, se a explicação é pertinente, a observação não deixa de ter razão de ser.

A verdade é que Portugal está na União Europeia, e não se vislumbram mudanças a curto prazo. Mesmo os mais radicais antieuropeístas vacilam quando se lhes pede que apresentem um programa de acção no sentido da saída. O assinalar-se este facto não quer dizer que se apoie a saída, ou que se prefira a continuidade. É o que temos. Mesmo as propostas no sentido de uma saída coordenada com outros países, talvez mais viáveis, não passaram ainda do plano das ideias, e das ideias pouco elaboradas.

Entretanto, parece que os líderes da UE resolveram que a próxima fase da integração será ao nível dos sistema bancário. E, mais especificamente, da supervisão bancária.. Como de costume os assuntos são tratados ao nível da estratosfera, perdão, das altas instâncias, sem abertura ao cidadão comum. Apenas algumas vagas referências de passagem, na grande comunicação social, ou, de modo mais desenvolvido, em órgãos da especialidade, mais orientados para determinadas camadas. Entretanto, há acontecimentos que são obviamente influenciados por este avanço da integração bancária. O caso Espírito Santo é um exemplo, talvez o mais claro. As alterações que se parecem discernir nas atitudes do governo e do supervisor nacionais, em relação a casos anteriores foram com certeza influenciadas pelos responsáveis europeus. Até porque se avizinha o tal TAFTA, Tratado de Livre Comércio Transatlântico, entre a EU e os Estados Unidos, que vai trazer problemas ainda maiores. Acresce aí o zelo que os nossos responsáveis querem mostrar a Bruxelas, Berlim, etc.

1 Comment

  1. João, não percebi onde quer chegar, mas uma coisa lhe asseguro, Ricardo Salgado, há 40 anos a fazer fosquinhas nas esferas financeiras mundiais, sem supervisão nem controle… É maior que o caso Madoff… lol

Leave a Reply