RESPOSTA AO PRESIDENTE DO MONTEPIO E QUEM MENTE
(continuação)
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III – OS CUSTOS OPERACIONAIS (custos com pessoal, custos administrativos e amortizações) DISPARAM COM A AQUISÇÃO DO FINIBANCO como consta da Demonstração de Resultados de cada ano
1 – Relatório e Contas de 2010, pág. 58 – Custos operacionais (custos de pessoal, custos administrativos e amortizações) : 247,8 milhões €, Imparidades (previsão fundamentada de perda no credito concedido) de crédito e Imparidade de outros ativos: 122,765 milhões€; Resultados operacionais (resultados da atividade principal da Caixa Económica):+ 49,453 milhões €
2010- Mil€
NOTA EXPLICATIVA: Em 2010, antes da aquisição do FINIBANCO os custos operacionais atingiram 247,8 milhões € como mostram os dados da demonstração de resultados desse ano
2 – Relatório e contas de 2011 (ano de aquisição do Finibanco) –Pág. 153: Custos operacionais: 369,086 milhões€ e os Resultado operacional: +31,6 milhões €
2011 – Mil€
NOTA EXPLICATIVA: Entre 2010 e 2011 (ano de aquisição do FINIBANCO), os custos operacionais (custos de pessoal, gastos gerais administrativos) aumentaram de 247,8 milhões € para 369 milhões € (+ 48,9%), e os resultados operacionais diminuíram de 49,4 milhões € para 31,6 milhões € ( – 36%)
3 – Relatório e contas de 2013 (inclui anos de 2012 e 2013)- pág. 58- CUSTOS OPERACIONAIS (Custos de pessoal, custos administrativos e amortizações): 2012: 360,059 milhões€; 2013: 340,113 milhões€; IMPARIDADES (perdas prováveis de credito concedido): 2012: 232,119 milhões €; 2013: 393,35 milhões €; RESULTADOS OPERACIONAIS (resultados da atividade principal da Caixa Económica): 2012: -167,754 milhões €; 2013: -372,452 milhões €
(Mil€) 2013 2012
NOTA EXPLICATIVA: Os custos operacionais registados em 2012 e 2013 , respetivamente 360 milhões € e 340 milhões€, continuam a ser muito mais elevados que os verificados em 2010, ano anterior à aquisição do FINIBANCO (247,8 milhões €) e os resultados operacionais negativos (prejuízos) dispararam: em 2012, para -167,7 milhões € , em 2013, para -372,4 milhões €
4 – Relatório e contas do 1º semestre de 2014, pág. 8 – RESULTADOS DE OPERAÇÕES FINANCEIRAS (mais-valias): 275 milhões €; IMPARIDADES (perdas prováveis em crédito concedido) NO 1º SEMESTRE DE 2014: 292,5 milhões €
NOTA EXPLICATIVA: No 1º semestre de 2014, as Provisões e IMPARIDADES liquidas atingiram 292,5 milhões €, ou seja, uma valor 2,3 vezes superior ao verificado em idêntico período de 2013, que foi 127,4 milhões €. Isto significa que apesar dos resultados de operações financeiras (mais valias obtidas) terem sido de 275 milhões € no 1º semestre de 2014, este mais-valia foi, na pratica, já “anulada” pelo aumento de custos resultantes das “provisões e imparidades liquidas” registadas no 1º semestre de 2014. E muitas daquelas imparidades e provisões resultam de perdas com elevada probabilidade de acontecer verificadas no crédito concedido. É por isto que defendemos que é necessário, nesta área, uma gestão mais profissional o que também irrita o presidente do Montepio. O presidente do Montepio disse na TVI que imparidades são reservas ocultas, confundindo, desta forma, perdas com elevada probabilidade de se verificarem com lucros escondidos talvez devido à sua falta de formação de base financeira.
(continua)
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Ver a parte I desta resposta de Eugénio Rosa a Tomás Correia, Presidente do Conselho de Administração do Montepio, publicada ontem em A Viagem dos Argonautas, no link:
http://aviagemdosargonautas.net/2014/08/22/resposta-aos-ataques-pessoais-do-presidente-do-conselho-de-administracao-do-montepio-por-eugenio-rosa-parte-i/
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