Passado o tempo da campanha rosada, sem querer entrar no redil de outrem, alguns ensinamentos se podem tirar das primárias PSianas.
1. Os meios de comunicação social continuam menos interessados nas ideias e debate e mais na faca e alguidar – a campanha, para eles, foi uma revista cor de rosa.
2. Os putativos vão pelo mesmo caminho e, ao deserto de opiniões próprias e soluções, juntam a queda para o chinelo – os debates em prime time foram a mostra que nenhum dos dois está preparado para ser primeiro ministro e governar (atenção não tomar o incumbente como exemplo porque, aí, qualquer vertebrado serve).
3. Os ódios de trazer por casa são prima e parecem suplantar a rivalidade com os adversários – inimigos fidagais só mesmo dentro de portas. A unidade é um conto da carochinha para incautos caírem no caldeirão.
4. O perfume do poder e a tentação do pote são tão fortes que as cliques, e claques, não olham a meios para atingir os fins – tudo vale – é o golpismo aprendido na escola dos jotas e dos caciques.
5. Afinal há mundo para além dos partidos e as pessoas são capazes de se mobilizar quando, ao menos na aparência, pensam que contam para alguma coisa e o seu voto pode decidir.
6. Os aparelhos resistem sempre é até onde podem mas não se sabem comportar face ao que não vem descrito nos manuais de trazer por casa – o mais simples e directo pode ser o mais disruptivo e transformador.
7. A legitimidade dada pela representação, mesmo quando obtida com votações de nível coreano, é limitada e esgota-se rapidamente – se não forem continuadamente testadas e revalidadas acabamos a descobrir que a liderança e a representatividade só valem 30 quando reinvindicam ser (quase) 100.
8. Eles não podem ser deixados entregues a si próprios.
” O perfume do poder e a tentação do pote são tão fortes que as cliques, e claques, não olham a meios para atingir os fins – tudo vale – é o golpismo aprendido na escola dos jotas e dos caciques-frase espectacular -Maria