ETIMOTECA – Bola de Berlim – por Octopus

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Octopus ocupa-se hoje de um tema saboroso – a Bola de Berlim. Num tempo em que de Berlim nos mandam troikas, é bom lembrarmos que da velha capital da Prússia também nos chegam as magníficas bolas de Berlim que em praias e não só têm feito as delícias de sucessivas gerações desde há um século.

As civilizações da Mesopotâmia, do Egipto e pré-colombianas, já fritavam uma massa feita à base de farinha. Nas festas romanasImagem1 das calendas de Março, eram confeccionadas para celebrar, como outros rituais agrários, o renascimento da natureza.No século XIV, aparece em França com o termo “beignet” (o equivalente ao nosso “sonho” em português), derivado da palavra “bugne” (ainda assim apelidado no Sudeste da França) e mais tarde “bignet” que significa inchado. Só no século XVIII é que aparecem cobertos de açúcar com a importação desta substância para a Europa.Durante a II Guerra Mundial, uma refugiada judia de Alemanha terá vindo para Portugal, onde terá começado a confeccionar um frito redondo composto por massa de farinha doce, polvilhado de açúcar com doce no interior, à semelhança do que se fazia na Alemanha e que chamavam de “Berliner Pfannkuchen” (bolo berlinense de frigideira) ou também chamado de “Berliner Ballen” (bola de Berlim). Na Alemanha, as bolas de Berlim são habitualmente recheadas com compota de frutos vermelhos, como morango ou framboesa, mais tarde em Portugal, optou-se por recheá-las com creme pasteleiro. Na Austrália, são conhecidas como “berliner“, enquanto nos outros países de língua inglesa são conhecidas como “doughnuts” (com um buraco no meio), e nos Estados Unidos como “Bismarcks“. No Brasil, chamam-se “sonhos“, e em Israel, “sufganiot“.

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