Português, desempregado, 56 anos de idade.
José Valente acaba de perder a sua casa.
Por via de uma penhora das “Finanças”.
Valente cometeu um crime hediondo: há dois anos que não pagava o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).
Em Novembro, as “Finanças” avisaram-no, pela última vez: ou pagava ou penhoravam-lhe o apartamento T1 em que vivia.
José Valente, que como todos os desempregados e a generalidade dos portugueses não tem conta bancária choruda, não satisfez as exigências tributárias e, agora, tem de abandonar a casa, que foi vendida em hasta pública.
Assim, este português, desempregado, 56 anos de idade, pagou a dívida às “Finanças”, as prestações em atraso ao banco e tem de ser ressarcido em 17 mil euros.
Dinheiro que é seu e que pode demorar um ano a chegar um ano à sua conta.
Para começar a longa e penosa caminhada, Valente tem de fazer um requerimento dirigido ao Exmo Senhor Chefe de Finanças de Ermesinde.
Ou seja: o mesmo Exmo Senhor Chefe de Finanças que, no cumprimento zeloso da lei, se marimbou para a situação de um homem com 56 anos de idade que há dois foi atirado para o desemprego.
Pena é que a generalidade dos excelentíssimos senhores chefes de Finanças só sejam fortes com os fracos.
Como se sabe e confirmam as estórias conhecidas.
Não gosto do acontecido aqui narrado,mas gosto muito do comentário feito aos chefes de Finanças. Tenho pena de não poder fazer um comentário ao chefe dos chefes de Finanças. Ainda vivemos no Paraiso Portugal.