ETIMOTECA – Caramelo – por Octopus

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No século VII a.C. os árabes invadem a Pérsia e ficam com o domínio do cultivo e do comercio da cana de açúcar. Exportam-na para o Egipto, África do Norte, sul de Espanha e Chipre. Ao purificar o xarope de açúcar obtêm um produto escuro e pegajoso ao qual chamam “Khurat Al Milh” (xarope de açúcar) que deu origem à palavra “caramelo” em português, adoptada pelo espanhol e ulteriormente pelo francês e inglês “caramel“. Consta que os árabes o utilizavam como depilatório nos seus harém. Os egípcios purificaram ainda mais o açúcar com cal. Na Idade Média o açúcar foi exportado para toda a Europa, sendo que no início era extremamente caro e vendido apenas nos boticários.
O açúcar terá aparecido na Índia 6 000 a.C. onde era utilizado para tempero e remédios, até essa altura era o mel que servia de adoçante. Quando Alexandre o Grande chegou à Índia verificou a existência desse pó branco, curiosamente parecido com o sal mas doce e chamou-lhe “sal indiano“. Mais tarde, os árabes designaram-no por “Al zukkar” que deu origem à palavra “açúcar“. Durante a Idade média, foi Veneza que assegurava o seu abastecimento proveniente do Médio Oriente e Índia Oriental, era por isso considerada a capital do açúcar, capital essa que passou a ser Lisboa no fim da Idade Média. No norte da Europa o aprovisionamente era assegurado por Bruges, passando depois a ser Antuérpia e de seguida Amesterdão.
Algumas fontes referem que caramelo vem do latim “cannamellis” de “canna” + “mel/mellis“, que por sua vez teria origem no grego “canna” e “mel”. A palavra “caramelo” existe pouco alterada em quase todas as línguas: “karamel” (em alemão, checo, dinamarquês, indonésio, azeri, turco,..), “Karmel” (em polaco),”karamelo” (em tagalog) ou “kyarameru” (em japonês).

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