Agora, há dois dias, o presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação disse no Parlamento que o “contacto sexual de homens com outros homens é definido como factor de risco”. Falamos de Hélder Trindade, que foi ouvido na Comissão Parlamentar de Saúde, audição requerida pelo Bloco de Esquerda.
Segundo o instituto não faz qualquer discriminação em função da orientação sexual, mas sim em função da prática sexual. Preconceito? Claro que não!, afirma.
Confirma-se que o sangue doado é sempre testado antes de ser usado. Ora bem, a pergunta sai do papel – faz-se aparentemente o gosto a quem questiona – mas é feita verbalmente!
Parece que neste aspecto, os partidos da oposição estão de acordo em considerarem que o factor de exclusão assumido pelo IPST continua a ser discriminatório. Por exemplo, a deputada do PS Elza Pais, frisou que “as garantias de segurança para quem recebe a dádiva devem ser feitas com base no rigor científico e não no preconceito”.
Há um mês (28 de Abril) esteve em Lisboa Richard Cohen, psicoterapeuta norte-americano a ensinar como reconverter homossexuais: “Nunca desista, a mudança é possível”. Anda tudo concertado?
Também no Chile, para a Igreja Evangélica Pentecostal do Renascimento, a homossexualidade é uma doença, e contagiosa, ainda por cima! No seu facebook afirmavam: “Um varão que cozinha, cuida dos filhos ou realizar qualquer outra tarefa própria da mulher corre graves riscos de adoecer com homossexualidade”. Afinal, também se quer atingir as mulheres, esses seres subalternos que devem fazer tarefas “menores” como cuidar dos filhos…