EDITORIAL – AS CONTAS DOS ECONOMISTAS NÃO SÃO AS NOSSAS

A propósito do prémio acumulado de €15,8 milhões que António Horta logo editorialOsório irá receber devido aos lucros que conseguiu como presidente do Lloyds, perguntava-se quantos despedimentos são necessários para chegar a este resultado. Feitas as contas apontou-se para 15 mil pessoas, sendo que o programa para os próximos três anos prevê o despedimento de mais 9 mil, num total de 24 mil pessoas. Ligado com isto, que tal lembrar o número de ex-governantes que se tornaram banqueiros?

Nada mais nada menos que 96, deixando de fora os seis bancos encerrados, sendo a maioria de do PSD (53 dos 96), 30 do PS e 5 do CDS. De interesse realçar que só os governos de Cavaco Silva deram 30 banqueiros… Isto num país em que a média dos ordenados oferecidos pelas empresas  é de 505 euros, com corte de benefícios e exigência de mais horas de trabalho (estudo da DECO), em que o abono de família desaparece para quem ganha mais de 628 euros, em que as famílias de baixos rendimentos enfrentaram consideráveis perdas devido aos cortes na assistência social  relatório da OCDE)…

Tudo mau? Não! Os membros dos gabinetes do Governo têm 34 carros novos! Corresponde a um custo total em rendas superior a 216 mil euros. É só um exemplo, é certo, mas para que daria aplicado de outra forma?

 

1 Comment

  1. Há um pacto ideológico filosófico-judicialista (isto é, proto medieval) que assentou que “gestores” são seres supra-humanos e que o que ganham “é deles”, existe o “direito à riqueza”, não se sabe porquê.

    Outros inventaram o conceito de “Igualdade”, o maior disparate que alguma vez ouvi equacionar, a natureza é um sistema de diferenciações, hibridações, de variações e de substituições. Estaríamos melhor se deitássemos fora conceitos filosóficos serôdios e submetêssemos os pretensos Direitos de alguns às Necessidade de todos os Humanos deste Planeta

    Os falantes de Economês e os Vestidos de Justicez são seres desumanos, distanciados, que não percebem nada da vida, integrados em congregações Sociopáticas, ‘pro domo sua’.

    Conceitos antropológicos de saúde Mental e de Perturbação Mental precisam-se, urgentemente,
    para construir as ‘regras do jogo’ de um mundo Antropológico decente, baseado na Liberdade de Amar
    sem vigilantes e na Interdição de destruir (criar exércitos, usar armas, bombardear, matar, torturar, roubar, etc. “Peace”, “Make Love, Not War” é e será sempre a grande Divisa, ao lado de “amai-vos uns aos outros, como irmãos”-

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