A LEOPARDO FILMES e a MEDEIA FILMES apresentam este Verão, pela primeira vez em Portugal, a obra integral de JACQUES TATI, em VERSÕES DIGITAIS RESTAURADAS. No ESPAÇO NIMAS, em Lisboa, esta festa com JACQUES TATI começa no dia 20 de Agosto; no Porto, o TEATRO MUNICIPAL CAMPO ALEGRE reabre a 1 de Setembro para receber a obra do cineasta que fascina todas as gerações.
Realizador, actor e argumentista, JACQUES TATIcaracteriza-se pelo imaginário hilariante que cria em cada uma das suas obras. Neste programa, será possível ver as seis longas-metragens deste mestre francês da comédia – HÁ FESTA NA ALDEIA (1949), AS FÉRIAS DO SR. HULOT (1953), O MEU TIO (1958), PLAYTIME – VIDA MODERNA (1967), SIM, SR. HULOT/ TRAFIC (1971) e PARADE (1974) – e ainda sete curtas-metragens inéditas comercialmente em Portugal.
Considerado pelo British Film Institute um dos 50 Melhores Filmes de Todos os Tempos e tido em conta por muitos como a obra-prima de JACQUES TATI, PLAYTIME – VIDA MODERNA traz-nos o inesquecível SR. HULOT numa extraordinária sátira à tecnologia industrial e à vida numa grande cidade, Paris.
Há Festa na Aldeia (1948)
É o primeiro filme de Jacques Tati e estreou em 1948. Numa típica aldeia francesa todos se preparam para a festa local. O desajeitado carteiro François tenta ajudar como pode. Rodado com poucos meios, mas com grande criatividade renova a tradição perdida do burlesco através de brilhantes gags visuais e sonoros.
As Férias do Sr. Hulot (1953)
Tati cria a figura do Sr. Hulot que nunca fala, entre o mimo e a personagem circense. Inadaptado, o Sr. Hulot tenta, voluntariosamente, integrar-se no universo da pequena e media burguesia. O seu fracasso faz-nos tomar consciência dos limites e absurdos desse “pequeno mundo”
O Meu Tio (1958)
Óscar do melhor filme estrangeiro de 1958. Sátira que confronta o Sr. Hulot com o rigor e a desumanização da geometria funcional do mundo moderno. Os decores asfixiam os seres humanos reduzidos a títeres desajeitados. Uma vez mais, Tati faz rir quase sem recorrer à palavra, à moda do cinema mudo.
Playtime – Vida Moderna (1967)
As viagens económicas levam um grupo de americanos, através de um programa organizado, a passear pelo mundo. Em Paris percebem que o aeroporto é igual ao de Roma, as ruas são como as de Hamburgo e os candeeiros idênticos aos de Nova Iorque. Ao longo do dia os turistas conhecem alguns franceses entre eles, o único Sr. Hulot.
Sim, Sr. Hulot (1971)
O Sr. Hulot surge pela última vez no cinema, nesta comédia onde a tecnologia volta a ser criticada. O Sr. Hulot vai apresentar numa feira em Amsterdão uma roulotterevolucionária. No caminho causa uma série de peripécias absurdas. Tati dirige, desta vez, o seu gosto de observação satírica ao universo do automóvel.
Parade (1974)
No seu último filme Tati dispensa Hulot. Realizado para a televisão, é uma homenagem ao mundo do espetáculo e ao circo. Tati é o protagonista e retoma uma série de números de mimo que tinha criado para espetáculos de cabaret. Os espetadores são, pela primeira vez, parte integrante do filme.