Vitimado por um cancro na próstata, morreu hoje o actor Nicolau Breyner. Tinha 75 anos e uma carreira com mais de cinquenta. Nasceu em Serpa, no Alentejo, em 30 de Junho de 1940. Co-autor, em 1982, da primeira telenovela portuguesa, Vila Faia, que também protagonizou era uma das faces mais populares do pequeno ecrã. O realizador Joaquim Leitão, que o dirigiu em Inferno (1999), diz: “O que era notável no Nicolau é que nasceu para ser actor e esse talento natural era uma coisa óbvia sempre que se punha diante de uma câmara. Era uma pessoa que fazia as coisas com uma facilidade enorme e fazia-o instintivamente bem. Depois, como tinha também muita experiência, isso só o tornava ainda mais eficaz. Qualquer coisa que lhe pedisse ele transferia imediatamente para o seu próprio corpo, para a sua ideia de personagem.” Demonstrou ter potencial para representar papéis «sérios» s0bretudo em Os Imortais (2003), de António-Pedro de Vasconcelos e argumento baseado no romance do nosso colaborador Carlos de Matos Gomes (Carlos Vale Ferraz) Os lobos não usam coleira, desempenha, como um actor com capacidade o para ir além do que vulgarmente fazia. O inspector Joaquim Malarranha é uma grande interpretação. Breyner, diagnosticado um cancro da próstata, declarou – “O que o cancro me deu foi a certeza de que isto ia acabar mais cedo ou mais tarde. Acelerou a sensação de que a vida tem um fim».
![mqdefault[1]](https://i0.wp.com/aviagemdosargonautas.net/wp-content/uploads/2016/03/mqdefault1.jpg?ssl=1)
Não fica cá ninguém,mas o Nico faz sempre falta. Paz á sua alma.