Os atentados suicidas são uma arma de reivindicação política ou territorial, mas no caso do Daesh estes atentados fazem muito pouco sentido.
A verdadeira questão é analisar quem beneficia com todos estes recentes atentados.
Todos nós nos lembramos dos kamikazes japoneses que durante a segunda guerra mundial esmagavam os seus aviões sobre os navios americanos para os destruir. Perdiam a vida por uma causa, fazia parte de uma táctica de guerra.
Os terroristas palestinianos também cometiam atentados “espectaculares” matando inocentes, mas tinham um objectivo: a libertação da Palestina.
Mais tarde os atentados suicidas continuaram a ser uma arma para reivindicar objectivos territoriais ou políticos.
Objectivos vagos dos actuais atentados.
Nos recentes casos de atentados suicidas, os objectivos são vagos, não se percebe muito bem quais são as reivindicações e objectivos do Daesh.
No caso do Daesh, atribui-se os atentados suicidas a fanáticos religiosos que acreditam numa vida após a morte como mártires com histórias rocambolescas como virgens no paraíso.
Na realidade, tanto o Corão como os hadiths não referem qualquer evocação do suicida como forma de luta. Estes texto condenam o suicídio como forma de morte, sendo os seus autores condenados ao inferno.
Portanto a haver atentados suicidas, não o serão por motivos puramente religiosos. Então estes atentados reivendicam o quê? Um movimento político? A autonomia de um povo? A independência de um povo?
Nada disto…
Qual o beneficio directo de tais atentados suicidas?
Muito pouco, a não ser criar um medo generalizado nas populações ocidentais, em que qualquer pessoa pode ser morta inocentemente. Mas será esse o objectivo do Daesh?
Criar o medo nas populações ocidentais serve de alguma maneira os interesse do Daesh?
Tudos estes atentados não parecem ter qualquer retorno positivo para o Daesh.
Então, se não é o Daesh, quem beneficia com esta sucessão de atentados suicidas na Europa?
Temos de considerar várias hipóteses e questões para os explicar: