TEMPOS DE COVID, TEMPOS ESTRANHOS, TEMPOS DE CIÊNCIA, TEMPOS DE CRENÇAS E DESCRENÇAS – II – . CUIDAR DO CÉREBRO: COMO É QUE A PANDEMIA NOS ESTÁ A DAR A VOLTA À CABEÇA – por IMOGEN WEST-KNIGHTS

 

 

Treat brain: how the pandemic is rewiring our minds, por Imogen West-Knights

Finantial Times, 26 de Agosto de 2021

Gonzaloraffoinfonews.blogspot.com, Setembro de 2021

Selecção e tradução de Júlio Marques Mota

Revisão de Miguel Valente

 

Os comportamentos de procura de conforto devido ao  Covid podem agora estar  para ficar. Será isso assim tão mau?

    © Yeye Weller

 

Há alguns meses atrás, a minha amiga Gráinne veio a minha casa para ficar.

O seu parceiro, um professor, precisava de ficar isolado  no seu apartamento, devido a ter  apanhado o Covid-19 durante uma viagem escolar.

Um dia, Gráinne juntou-se a mim na sala de estar onde eu estava a ver  a Ilha do Amor e trouxe uma caixa de “nudles” consigo .

Fiz uma tentativa sem convicção para justificar porque estava a ver na televisão este tipo de programa .

Ela fez o mesmo em relação à comida que trouxe a meio da  semana.

Claro, ela não precisava disso, mas estava stressada com a agitação e, de qualquer forma, tinha mandado vir comida a meio da semana  com bastante frequência desde que a pandemia começou.

“É para cuidar da minha cabeça “, disse ela, encolhendo os ombros.

Aqui, finalmente, foi um termo apropriado para a mentalidade em que me tinha apercebido já  ter escorregado durante os últimos 18 meses.

Antes do coronavírus, eu tinha um controlo de impulsos relativamente bom.

Eu oferecia-me a mim mesma  uma refeição pouco saudável ou uma tarde preguiçosa ou um novo par de calças, mas apenas de tempos a tempos.

 Isto mudou completamente quando ficámos sujeitos ao confinamento.

De repente, estava a comer pizza sobre pizza, sobre mais pizza, com as suas caixas a amontoarem-se  como blocos de Jenga gordurosos no canto do meu apartamento.

Todos os dias era um dia para um  chocolate de emergência.

Comprei jogos de vídeo, maquilhagem que não sabia como usar e dois conjuntos de saia e casaco no espaço de uma semana.

Desapareceu a pequena voz na minha cabeça que costumava intervir gentilmente quando eu estava a exagerar.

Era o cérebro a cuidar de si  que mandava.

    © Yeye Weller

Perguntei a amigos e pessoas das redes sociais se tinham reparado em algo semelhante.

Muitos deles responderam-me com um sim categórico.

Uma pessoa disse-me que tinham começado a beber diariamente uma bebida de tequila picante todos os dias.

Outra pessoa comprou um carro de que ela verdadeiramente não  precisava e deu o dinheiro por perdido logo no primeiro dia em que o conduzia.

Bebidas CBD, vinho natural, Tony’s Chocolonely, botas em tom dourado, limpeza a seco, Uber Eats vezes  sem fim.

Uma empregada de uma instituição de caridade  com um salário modesto descreveu o seu novo soro-creme de limpeza facial de 77 libras esterlinas feito de placenta de porco.

Uma estudante disse-me que tinha de se permitir regularmente três horas de televisão como uma satisfação pessoal por ter uma aula à distância

As pessoas passaram mais tempo na Instagram e, por isso, viram mais anúncios e ficaram mais presas a compras tais como pequenos peluches de foca, equipamento de halterofilismo, macacões de ganga nada estéticos.

Um amigo enviou-me um longo texto, em pânico, sobre o seu hábito crescente de dependência de comer ostras.

Ele só os tinha experimentado uma ou duas vezes antes da pandemia, mas agora dá por si a ir de bicicleta a uma peixaria para comprar uma caixa de seis e comê-los ali mesmo na rua.

“Não sei porque o faço; neste momento, nem sequer é divertido”, disse ele.

Uma forma de definir o prazer, uma coisa notoriamente difícil de fazer, é como uma ausência de dor.

A dor psíquica de um ou outro tipo tem sido a norma durante a pandemia, e nós fomos privados de muitos dos nossos prazeres habituais ao mesmo tempo.

O prazer de conhecer os seus entes queridos está a prosperar.

O prazer de um abraço.

O prazer de um grande encontro social.

Para aqueles que não tinham relações de coabitação, era proibido procurar o prazer sexual com outra pessoa.

Não é surpresa que procurássemos prazeres substitutos, mesmo que o conforto que estes prazeres proporcionavam fosse fugaz.

Queria falar com alguns especialistas sobre as necessidades de satisfazer a nossa mente, para compreender de onde é que estas veem  e em que momento elas se podem tornar um problema.

Liam Delaney, professor de ciências comportamentais na LSE, diz que existe “definitivamente um grupo de pessoas que estão no tipo de padrão indulgente que descrevo”, e aponta para dados que mostram que as vendas de álcool nos supermercados subiram acentuadamente em 2020.

Mas nem todos responderam da mesma forma.

“É notavelmente variável entre a população”, diz Delaney.

Há um grande número de pessoas para quem a chegada do Covid-19 significou perda de rendimento ou em que passaram a ter um horário de trabalho mais penalizador, pelo que tiveram menos tempo ou dinheiro para se satisfazerem em  extravagâncias.

E há pessoas que têm usado a pandemia como uma oportunidade de poupar.

Porque é que toda a gente sente a necessidade de fazer  alguma coisa?

“Porque é fácil de fazer”, diz-me Paul Dolan, um cientista de análise de comportamentos  e autor de um livro sobre o prazer chamado “Happiness by Design”.

Dar a si próprio um mimo, a satisfação de um desejo, é constantemente  mais fácil para as pessoas que trabalham a partir de casa, onde tem acesso sem problemas  às compras online e à comida no seu frigorífico, sem se   preocupar com o olhar crítico  dos colegas.

Beber mais é mais fácil se não tiver de comparecer a uma reunião presencial às nove da manhã seguinte.

Estes mimos  podem funcionar como um auxílio temporário de largo espetro  sobre uma necessidade mais profunda.

Quando estamos muito cansados – digamos, porque estamos a fazer malabarismos entre a aprendizagem  doméstica e um emprego – o que podemos realmente precisar é de mais sono.

Mas se não o conseguirmos, uma fonte de conforto mais facilmente disponível pode ser o chocolate ou o vinho.

O ditador mais poderoso dos nossos  hábitos é o seu ambiente, diz Dolan.

A maior parte do que fazemos não é motivada por um pensamento consciente.

Tomamos milhares de decisões todos os dias, pelo que os nossos cérebros tendem a criar núcleos  de hábitos para automatizar o nosso comportamento.

Mas os hábitos só podem funcionar quando as pistas para eles são ativadas no ambiente.

Mudar o ambiente, é condicionar   as pessoas a estarem dentro de casa durante 23 horas por dia, por exemplo, e isso altera os nossos hábitos.

A nossa necessidade de distração é um outro fator  que tem contribuído para moldar o nosso  comportamento do cérebro ao longo da pandemia.

“A vida é uma série de distrações”, diz Dolan, “penso em parte assim porque se parássemos e pensássemos apenas nas coisas sérias, as nossas cabeças explodiriam”.

Antes do coronavírus, muitos de nós estávamos ocupados durante a maior parte do tempo e menos necessitados de distrações como ocupação mental.  

Tivemos certamente  suficientes razões  para precisarmos de nos distrair  nos últimos 18 meses.

Noel Bell, um psicoterapeuta, diz que a pandemia também mudou a nossa perceção do que é uma necessidade versus o que é um desejo.

Uma bicicleta de exercícios em casa antes da pandemia: um desejo. Durante a pandemia: talvez esteja mais perto de ser uma necessidade.

As linhas de referência  de muitas pessoas também se deslocaram. Antes, eu compraria de bom grado qualquer garrafa de vinho de 7 libras em oferta especial no Sainsbury’s, mas desde que me ofereci a mim própria um vinho mais agradável e mais caro todas as semanas em 2020, passei a  querer  comprar sempre o vinho mais agradável e mais caro .

É mais agradável!

Houve momentos durante a pandemia em que fomos encorajados a satisfazer os nossos desejos.

Eat Out to Help Out, o esquema do Reino Unido que oferecia alimentos a metade do preço e bebidas não alcoólicas em Agosto passado, foi o exemplo mais notável do governo a tentar ativamente que nos cuidássemos  a nós próprios – para o ver como um serviço para ajudar a economia, bem como a ser também algo pessoalmente agradável.

Foram solicitadas  mais de 100 milhões de refeições.

O impacto da campanha foi mais tarde complicado por sugestões de que poderia ter aumentado a propagação do Covid-19.

A despesa em Eat out to Help out era para  apoiar  a economia, mas não para espalhar o vírus desnecessariamente: o  oximoro de uma ordem.

Agora, quando gasto em excesso num almoço frívolo, dou palmadinhas de satisfação nas minhas pernas  mesmo quando questiono as minhas escolhas, porque estou a apoiar os negócios locais, não é verdade?

E isto é uma coisa boa, certo?

Não admira que as pessoas se tenham sentido confusas sobre se cuidarem de si mesmas  é sensato ou justificável.

À medida que a pandemia se acelerava em Março de 2020, o FT publicou uma entrevista com a psicoterapeuta e perita em luto, Julia Samuel.

Uma das suas cinco dicas para lidar com a ansiedade e a agitação interior  causados pela Covid-19 era  “oferecer-se  si próprio coisas que intencionalmente desejasse  (de preferência não toneladas de álcool)”.

 

Perguntei a Samuel porque é que a intencionalidade era importante.

“Ter algo por que ansiar quando se tem medo ajuda-nos a gerir todas as incertezas”, disse-me ela.

“Por isso, se disser a si próprio: ‘Vou oferecer  a mim mesmo  uma refeição de luxo comprada em  takeaway às terças-feiras, e às quintas-feiras vou tomar um banho extra longo  e ficar bem cheiroso’, o facto de dizer isso  e ter esta perspetiva temporal acaba  por ajudar a levantar o moral, tanto durante esses momentos com  noutras alturas. “.

Esta orientação, para fazer deliberadamente coisas que acalmem, é o tipo de conselho que Samuel dá às pessoas que lamentam a morte de um ente querido.

E ela não vê o que todos nós passamos nos últimos 18 meses como sendo muito  diferente do luto tradicional.

“Chamo-lhe um luto coletivo”, diz ela, “luto por um modo de vida”.

Durante todo o processo de confinamento, presumi que o nosso cérebro voltaria a ter o mesmo comportamento que antes da crise sanitária  quando as coisas se abrissem novamente, e deixaria de viver como um delfim  na França pré-revolucionária.

Associei isto com  outros comportamentos  doentios  provocados pela pandemia, na mesma categoria das oscilações de humor tipo yo-yo, o excesso de emoção  que me fez chorar quatro dias seguidos depois de saber da morte prematura em 1983 de um cantor popular canadiano de que nunca até aí tinha  ouvido falar.

No entanto, as coisas abriram agora.

E enquanto as mudanças de humor e as lágrimas desaparecem, as mudanças no nosso cérebro persistem.

Com  muitas pessoas com quem falei, passa-se a mesma coisa .

Porque é que esses comportamentos persistem?

Isso é um problema, ou não é?

“Ainda estamos exaustos de andar a fazer sempre a mesma coisa, repetidamente”, diz Samuel, “por isso penso que satisfazer os nossos desejos  ainda se sente  como  sendo muito excitante”.

A boa notícia é que está provavelmente em seu poder voltar aos seus velhos hábitos, se assim o desejar.

“As pessoas são bastante adaptáveis, e um ano de maus hábitos não é assim tão mau como pode parecer”, diz Delaney, o cientista em comportamentos.

Para as pessoas com problemas existentes em torno de comportamentos aditivos ou impulsivos, isso pode, no entanto,  não ser assim tão fácil.

Falei com Jasmine, uma mulher com transtorno de défice  de atenção/hiperatividade (TDAH) que me disse reconhecer que cuidar das suas ansiedades, dos seus desejos, é  algo com que se debate em geral, e não apenas durante a pandemia.

“As pessoas que sofrem de  TDAH estão em constante busca de dopamina, portanto cuidar das suas ansiedades e desejos  é uma forma de estar permanente, uma vez que as compras por impulso provocam a criação de dopamina.

É como ter o seu ego  de seis anos de idade na cabeça a exigir um brinquedo de preço exagerado e ser ao mesmo tempo o pai esgotadíssimo de exaustão”.

        © Yeye Weller

 

O comportamento de procura de tratamento também pode cair em algo destrutivo.

Uma mulher, uma gerente de marketing de Basingstoke, Hampshire, disse-me que as suas ansiedades  mentais a tinha levado à falência, forçando-a a voltar a viver com os seus pais.

 Pergunto a Samuel que conselho ela daria a qualquer pessoa que tentasse desfazer-se de alguns dos seus  comportamentos mentais.

Ela cita o trabalho do cientista comportamental da Universidade de Stanford BJ Fogg: “Obtêm-se grandes resultados com pequenas mudanças de hábitos.

Portanto, se o seu capricho é: “Mereço uma bebida todas as noites”, comece por intervalar uma noite sem beber de seis em seis noites em vez de sete em sete dias.

Mudará com sucesso os seus hábitos não pelo poder da sua  vontade, mas por se sentir bem por ter mudado o seu hábito.

Por isso, se fixar um objetivo que lhe pareça pequeno mas realizável, sentir-se-á então satisfeito por fazê-lo  e é muito mais provável que se desenvolva nessa base para outros objetivos..

As satisfações pessoais  que são obtidos à custa do bem-estar dos outros são melhor evitados, obviamente.

O vestido de £7 que utiliza  apenas uma vez, cocaína, o roubo do donut do seu colega de apartamento.

E os mimos  que são todos bens de consumo podem fazê-lo sentir-se mal-humorado, como ser um rato no labirinto do capitalismo maduro, a carregar no  botão “comprar agora” para obter uma lambidela de endorfinas que cada vez vão satisfazendo menos.  

Simplesmente, não pode gastar muito mais do que os seus meios sem eventualmente fazer um contacto desagradável com o fundo do seu saldo bancário.

O festival está de volta e seja em termos físicos na Kenwood House seja  on-line no  dia 4 de Setembro com a nossa habitual eclética fila de oradores e temas.

Espalhar  tudo isto será o espírito de despertar e a possibilidade de re-imaginar o mundo após a pandemia. Pode  reservar bilhetes, se assim o desejar.

Mas, na verdade, não tenho a certeza se quero mudar mesmo os meus hábitos por completo.

Não estou sozinho.

As pessoas com quem falei disseram-me que gostavam de gastar um pouco mais do que costumavam e sentiram que a pandemia lhes tinha mostrado que estavam subconscientemente a poupar para um dia que agora duvidam que alguma vez venha a verificar-se.

“Não vou conseguir comprar uma casa, por isso mais vale comprar um porta-chaves brilhante no formato de  unicórnio”, disse Eloise, uma londrina na casa dos vinte e poucos anos.

Não se trata apenas de dinheiro, no entanto.

Eu próprio passei uma quantidade desanimadora dos meus vinte anos a treinar-me para não comer.

Quando a minha desordem alimentar estava no seu pior, procurava formas de evitar convites para comer com as pessoas, escondia quanto ou quão pouco comia dos que me eram próximos, contava todas as calorias e pensava na comida quase constantemente.

Para mim, a pandemia foi um reinício, por vezes doloroso.

De repente, estava a permitir-me comer pizza, chocolates, a beber vinho, sempre que queria, justificando tudo e dizendo que, do outro lado do confinamento,  voltaria a fazer dieta, a tirar estes petiscos da minha vida.

Mas agora que o confinamento acabou, tudo o que eu quero fazer é comer e beber com os meus amigos. O amanhã em que imaginei que voltaria a “ser bom” nunca mais chegou, e eu nem quero que chegue.

Eu quero divertir-me.

A verdade é que a vida foi sempre assim: uma série de bons e maus momentos, e eu merecia comer o que queria em todos eles.

Dolan pensa que se se pode dizer que alguma coisa boa surgiu destes últimos 18 meses, é o ter  permitido que as pessoas refletissem sobre como querem viver.

“Temos todas estas narrativas sobre a vida que pensamos dever levar e, muitas vezes, elas vão impedir  as pessoas de levarem uma vida feliz”, diz-nos.

Falo-lhe em gastar e comer demais, ficar fora até muito tarde.

Ele faz-me calar.

“Vê o que fez nessa altura?

Naturalmente, terá acrescentado  “demasiado” e terá feito um juízo de valor sobre o assunto.

Na verdade, talvez tudo o que talvez fez antes tenha sido demasiado pouco”, acrescentou

Os seres humanos têm uma longa história de suspeita de que o prazer e a indulgência são coisas negativas.

Epicuro,  o filósofo estoico grego, disse que as pessoas que pensavam que o prazer era uma forma de bondade deveriam ir em frente e “levar a vida de um verme, do qual se julgavam dignas: comer e beber, e desfrutar das mulheres, e relaxar-se, e ressonar”.

Como Hettie O’Brien escreveu na revista The Baffler no ano passado, do outro lado da moeda, a pandemia desencadeou um aumento da popularidade de uma espécie de neoestoicismo  

É frequente ler artigos sobre o facto de que  a nossa era míope é o momento ideal  para a ideia estoica de que o autocontrolo nos salvará.

Estes artigos  geralmente sugerem que resistir à tempestade pandémica sem ceder aos vícios dará um tipo de existência melhor e mais nobre do que as pessoas que  gastam montes de  dinheiro em pastelarias.

Os seres humanos têm uma longa história de suspeita de que o prazer e a indulgência são coisas negativas

Não quero pensar dessa forma.

Há um equilíbrio a ser alcançado entre ser sensato e ser indulgente, e esse equilíbrio parecerá diferente para cada indivíduo.

Não quero argumentar que regalar-se mais amiúde  é politicamente digno ou um ato radical de “cuidar de si “.

Gastar dinheiro um pouco mais frivolamente  e comer muitos bolos  não é, penso eu, moralmente nem uma coisa boa  nem má.  

É apenas uma forma possível de viver que, para mim, não me tinha parecido muito possível antes.

A pandemia tem sido um período de intensa moralização sobre o comportamento individual, e seria bom libertarmo-nos dessa perspetiva, para nos divertirmos a fazer as nossas próprias escolhas novamente.

Tentar manter um padrão de pensamento em que o prazer é algo a ser procurado e não a  ser expiado, vai provavelmente melhorar a minha vida.

Portanto, quero cuidar de mim, dos meus desejos, para me sentir menos com  uma patologia com que estou a lutar, e mais como uma mentalidade que estou a cultivar cautelosa mas ativamente.

*

Imogen West-Knights é escritora e jornalista e vive em Londres. O seu romance “Deep Down” será publicado em  2023.


Pode ler este artigo no original clicando em:

Treat brain: how the pandemic is rewiring our minds | Financial Times (ft.com)

ou em:

Gonzalo Raffo InfoNews: TREAT BRAIN: HOW THE PANDEMIC IS REWIRING OUR MINDS / THE FINANCIAL TIMES MAGAZINE

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