Maria Rosa Colaço (1935-2004)
Para um operário da Lisnave
Sou um operário!
Amarra certa
neste cais de angústia
Olho o casco azul
de um navio do mundo
sonho por momentos
com viagens que nunca farei.
Sem trabalho
aqui estou frente ao Tejo
Mas permaneço
vigilante.
(O Trabalho – antologia poética)