MORREU HOJE O GRANDE ESCRITOR MEXICANO CARLOS FUENTES

 

Carlos Fuentes morreu hoje, na Cidade do México, aos 83 anos. Autor de O Velho Gringo, Prémio Cervantes, em 1987, o mais prestigiado prémio literário de língua castelhana, foi um dos mais destacados escritores mexicanos da geração que se seguiu  à de  Octavio Paz, Prémio Nobel da Literatura. Aliás, Carlos Fuentes, fazia parte do grupo de escritores que todos os anos se esperava que ganhasse o Nobel.

 

Nasceu no Panamá em 11 de Novembro de 1928, numa família de diplomatas. Estudou na Suíça e nos Estados Unidos, tendo vivido em numerosas cidades da América Latina e  em Washington. Licenciado em Direito, seguiu a tradição familiar enveredando pela  carreira diplomática. De 1972 a 1976 foi embaixador do México em França. Desde meados da década de 1970, leccionou em universidades como as de Paris, Princeton, Harvard, Columbia ou Cambridge.

Livros  como A morte de Artemio Cruz, Aura, As boas Consciências, Cantar de cegos,  Zona sagrada, Cambio de piel, Terra nostra, Cristóbal Nonato, Os Anos Com Laura Díaz fizeram dele um autor consagrado. Nunca abdicou de afirmar as suas convicções de esquerda – «O que um escritor pode fazer politicamente – escreveu num ensaio da revista ‘Tiempo Mexicano’, de 1972 – deve fazê-lo também como cidadão. Num país como o nosso, o escritor, o intelectual, não pode alhear-se da luta pela mudança política o que, em última instância, pressupõe também uma transformação cultural”.

 

Voltaremos a Carlos Fuentes e à sua obra nos próximos dias.

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