agenda cultural de 18 a 24 de Junho de 2012

 

 

 

 

por Rui Oliveira

 

 

Como prevíramos a cadência de focos de interesse abranda significativamente pelo que nesta penúltima versão do Pentacórdio pré-férias são poucos os eventos a referir.

 

 

 

   Na Segunda-feira 18 de Junho, a abrir a semana, a Fundação Calouste Gulbenkian disponibiliza o seu Auditório 2 para, em dois dias, ali se realizar a V Conferência Portugal Militar em África (1961-1974) – Génese do Pronunciamento Militar do 25 de Abril”, uma iniciativa do NICCM – Núcleo Impulsionador das Conferências da Cooperativa Militar, em parceria com a SEDES o qual, após a realização do Módulo II “Situação Interna” ocorrido a 30/31 de Maio passado no Instituto de Defesa Nacional, vem agora abordar o “Pronunciamento militar do 25 de Abril de 1974”.

   O programa, depois da cerimónia de abertura com a presença de representantes da Fundação, da Sedes, do NICCM, além do Gen. Ramalho Eanes, inclui quatro painéis com diversos intervenientes, a saber :

 

   No Painel I – Situação Política, Económica e Social antes do 25 de Abril (moderador Tenente General Alexandre Sousa Pinto), na Segunda 18 às 10h :

   – Serviço de Informações Militares – Major General Rodolfo António Cabrita Bacelar Begonha

   – A governação de Marcelo Caetano e cenários político e militar. Episódios marcantes para a história da queda do regime – Dr. Pedro Feytor Pinto

   – A Igreja católica e a Guerra de África – Professor António Matos Ferreira

 

   No Painel II – 25 de Abril: Do Congresso dos Combatentes ao Movimento das Forças Armadas (moderador  Coronel José Eduardo Fernandes de Sanches Osório), na Segunda 18 às 14h30 :

   – Angola, Moçambique e Guiné: evolução da situação dos recursos humanos versus situação operacional – Coronel António Carlos Morais da Silva

   – Do Congresso dos Combatentes ao MFA – Coronel Vasco Correia Lourenço

   – O “16 de Março” – Major General Manuel Soares Monge

 

    No Painel III – 25 de Abril: Vertentes Política e Operacional (moderador General Amadeu Garcia dos Santos), na Terça 19 às 9h30 :

   – A organização Política do MFA – Capitão de Mar e Guerra Pedro Manuel Cunha Lauret

   – Planeamento e execução da operação “Viragem Histórica” – Coronel Otelo Nuno Romão Saraiva de Carvalho

   – O programa do MFA e a Junta de Salvação Nacional – Tenente General Manuel Ribeiro Franco Charais

 

   No Painel IV – Transmissão da Soberania em África, na Terça 19 às 15h15 (desconhecem-se ainda os intervenientes e o seu moderador)

 

 

 

                                  

   Também na Segunda 18 de Junho, como é habitual quinzenalmente no bar de A Barraca (no Cinearte), às 21h30, há novo Encontro Imaginário o qual se debruça sobre mitologias que têm atravessado todas as épocas. Interpretam as figuras em causa Marta Soares como Rainha Vitória,  João Silvestre como Doutor Faust e Sérgio Moras como Humphrey  Bogart.

   Diz o programa : “A Rainha Vitoria de Inglaterra, com o seu longo reinado de 64 anos, consolidou o Império Britânico e impôs uma disciplina conservadora e puritana aos seus súbditos, defrontando-se com o reverso da medalha dessa mitologia do Poder supremo : a inacreditável miséria do povo exemplarmente retratada p.ex. por Charles Dickens e a banalização do crime e do horror de que sobressai a misteriosa e inquietante figura de Jack the Ripper. O Doutor Faust, protagonista de uma popular lenda alemã de um pacto com o demónio, estabelece a mitologia entre o esoterismo e a Ciência, exemplificada pela sua profissão de médico e pelos seus passatempos de magia e alquimia. E Bogart, a mitologia cinematográfica eleita pelo “American Film Institute” como  “a maior estrela masculina” da fábrica de sonhos de Hollywood, herói de filmes negros  e  protagonista ao lado de Ingrid Bergman da obra-prima Casablanca, uma belíssima história romântica que se eternizou também como uma bandeira da luta anti-nazi”.

 

   Ainda a 18 de Junho (Segunda), na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 18h, tem lugar um Recital de Guitarra no âmbito das “Guitarríadas XXI” em comemoração dos 50 anos de carreira do Professor José Lopes e Silva onde actuará o guitarrista Carlos Barbosa-Lima executando obras para guitarra dos compositores Heitor Villa-Lobos, Ernesto Nazareth, George Gershwin e Claude Debussy.

 

 

   Também nessa Segunda 18 de Junho, haverá no ISPA (Instituto Superior de Psicologia Aplicada) − onde desde 24 de Maio existe uma exposição de pintura do artista surrealista britânico, Desmond Morris, bem conhecido pela sua obra científica e de divulgação nos domínios da biologia e da etologia, de que uma das obras expostas é uma homenagem ao tríptico de Bosch do Museu Nacional de Arte Antiga – uma conferência do Prof. Silvano Levy  às 18h30 intitulada “Desmond Morris: The sur-real painting of Anatomy and Life”.

   Autor de vários livros sobre a sua obra plástica, publicou ainda Desmond Morris: Analytical Catalogue Raisonné 1944-2000, e, será publicada brevemente, a sua continuação, Desmond Morris: Analytical Catalogue Raisonné 2000-2012

 

 

   Por último o Festival Coral de Verão (que referimos no Pentacórdio anterior) conclui no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém, das 9 às 19h desta Segunda 18 de Junho, o seu Concurso Internacional de Coros sob a liderança dos 5 directores internacionais já mencionados (dir. artístico Maestro Paulo Vassalo Lourenço). A entrada é livre.

   No dia seguinte (Terça 19 de Junho) haverá um Concerto de Encerramento a par da entrega dos prémios do concurso no Grande Auditório do CCB às 19h.

 

 

 

   Estreou ontem (Segunda 18) pelo que se aconselha ver hoje Terça-feira 19 de Junho, na Comuna Teatro Pesquisa (à Praça de Espanha), às 21h30, a peça “Luto”, um texto e criação de Rui Neto com interpretação de Miguel Damião.

   «Associamos o luto, à morte. Prefiro associá-lo a estratégias de sobrevivência, mesmo que algumas se percam em memórias, sonhos e pensamentos circulares. Quem sou eu amanhã? Como continuar isto, nisto, depois disto?” −  afirma o autor – “O processo é desenvolvido em work-in-progress. A escrita instalou-se como um dos primeiros passos. Assim deu-se um corpo de papel a pensamentos e estados de alma que me inquietavam. A experimentação de materiais, o levantamento e criação de universos cénicos vai ser um processo acumulativo que irá acompanhar esta criação ao longo das apresentações públicas previstas. Trata-se de abandonar o corpo papel a passar para o corpo carne, um corpo comunicante e orgânico que irá desenvolve-se com a própria experimentação”.

   O espectáculo permanece apenas até 26 de Junho.  

   Eis um vídeo que introduz a natureza da peça :

 

 

 

   Na Terça-feira 19 de Junho, na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 17h com apoio da Juventude Musical Portuguesa, o Coro da Fundação Musical dos Amigos das Crianças (FMAC) sob a direcção de João Antunes e a Orquestra da FMAC, sob a direcção de Carlos Passos, tocarão obras de Antonio Vivaldi.

 

 

   Também na Terça 19 de Junho, no cinema São Jorge, às 22h, a cantora Maria Emauz prossegue a divulgação do seu novo álbum “n * manias” actuando acompanhada por Sérgio Gomes piano e voz, Mário Jorge guitarra, Nanã Sousa Dias saxofones, Zeca Neves contrabaixo e André Sousa Machado bateria.

   Esta é uma das suas canções Feeling Good :

 

 

 

   Ainda a 19 de Junho (Terça), no Centro Nacional da Cultura (Lg. do Picadeiro, 10 – 1.º) às 18h30, tem lugar o IV colóquio organizado pelo Centro de Reflexão Cristã “A Compaixão que nos une” onde intervêm em nome das respectivas fés Abdool Karim Vakil (muçulmana), Joshua Ruah (judaica) e Padre Peter Stilwell (cristã) dentro dum ciclo “A Palavra de Deus – A Bíblia e o Diálogo entre Religiões”. (entrada livre

 

 

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