Reo Franklin Fortune – por Raúl Iturra

 Reo Franklin Fortune (1903 – 1979) era um Antropólogo Social da Nova Zelândia, que estudara os Dobu, leitor em Antropologia Social na Cambridge University, especialista em línguas e culturas melanêsicas. Formou-se primeiro em Psicologia. Após formatura, casou com Margaret Mead. Malinowski os enviou em trabalho de campo para New Guinea, entre 1928 e 1935.

 

É também conhecido pela sua contribuição à matemática, com a sua teoria chamada Fortunate number, que pode-se aprender em http://en.wikipedia.org/wiki/Fortunate_number .
Fonte: Adam, Kuper (1994). The Chosen Primate: Human Nature and Cultural Diversity. Harvard University Press. pp. 186-189. ISBN 0674128265. http://books.google.co.uk/books?id=OwhCKy-EYCUC&pg=PA187&dq=%22Reo+Fortune%22+-inauthor:fortune+-inauthor:mead&num=100&client=firefox-a&sig=wiwOPdrf0iFzvKsgg_yf_Ry-r1Q#PPA186,M1.

 

Tive o prazar do conhecer e privar com ele no mesmo departamento de Antropologia e Arqueologia da mesma Universidade. A sua amabilidade, serenidade e humildade no seu saber, que constrangia. Como a minha amiga e vizinha Audrey Richards, nós dois a habitar na mesma rua, Bateman Street 63 nós e ela em Hills Road em Cambridge, eu com a minha família, e ela com a sua governanta. Para saber dela, pode-se ler a entrevista a sua antiga estudante, hoje Dame Marilyn Sthratern, em: Mana vol.5 n.2 Rio de Janeiro- Oct. 1999, acessível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-93131999000200007&script=sci_arttext

 

A inteligência e sabedoria, diziam eles, do seu Prof. Malinowski, ajuda a comparar a necessidade do véu de ouros, aos bens e trocas de pessoas no Kula. Kasper Bronislaw Malinowsk aos seus 30 anos. É evidente, acrescentavam, que este título é resultado de conversas com Seligman e Frazer, peritos em mitos gregos e em trabalho de campo, quer no sítio, quer na Melanésia, como Seligman. Os Massim precisavam do alimento como os Argonautas do véu de ouro para reclamar direitos adquiridos por convénio.

 

Não é pela viagem que os habitantes das ilhas Amphlet do arquipélago, o das ilhas Trobriand dos Massim, ou dos Dobu, dos Moratu e os Murua, ou ainda os Malú, que a viagem é feita. Bem que o Mestre se tenha concentrado nos Massim do Norte do Arquipélago, enquanto os seus discípulos, esses os meus velhos amigos, Reo Fortune estudava a etnia Dobu – com terror, pensava-se deles como um grupo canibal. Reo Fortune e a sua mulher Margaret Mead entenderam que comiam ritualmente carne humana, partes do fígado de um defunto dentro de um ritual para assegurar o seu retorno entre os vivos. Audrey foi enviada em trabalho de campo entre a etnia Bemba de antiga Rodésia, grupo transumante por causa da pastagem e de água. Audrey ficou tão habituada, que tinha a sua casa de inverno na nossa rua, Bateman St com Hills Rd, e outra fora da cidade, a que se transferia todos os verões para tomar conta das suas ovelhas no seu quintal da casa de campo.

tags: antropologia, raúl iturra, reo franklin fortune, verbarte
 

Leave a Reply