Pentacórdio para Sexta 21

por Rui Oliveira

 

 

   Na Sexta-feira 21 de Setembro, num programa designado “Amadeus 41”, o Teatro Nacional de São Carlos propõe-se disponibilizar ao público durante três dias as 41 sinfonias e o Requiem de Wolfgang Amadeus Mozart interpretados de início pela Orquestra Sinfónica Portuguesa e no concerto de encerramento pela O.S.P. e pelo Coro do Teatro Nacional de São Carlos, sob a direcção musical de Martin André (com comentários de Alexandre Delgado).    Nesta Sexta as Sinfonias do Jovem Mozart executadas serão, às 20h, da n.º 1 à n.º 6 e, às 21h40, da n.º 7 à n.º 12.

   É com o 2º andamento Andante da Sinfonia nº 1 em Mi sustenido Maior, K. 16, escrita em 1764 (teria Mozart 8 anos) e com a última peça, a Sinfonia nº 12 em Sol Maior, K. 110/75b, composta no Verão de 1771 (15 anos) com os seus 4 andamentos Allegro-Andante-Menuetto e Trio-Allegro que lhe abrimos o apetite para o concerto :

  

 

   Também no São Luiz Teatro Municipal há música na sua Sala Principal às 21h com a apresentação pela primeira vez em Portugal de “Páris e Helena”, a ópera em cinco actos de 1770 que Christoph Willibald Gluck curiosamente dedicou a D. João Carlos de Bragança, Duque de Lafões, na altura residente em Viena e mais tarde fundador da Academia das Ciências de Lisboa. Permanece apenas até Domingo 23, às 17h30.

   Com encenação de Clara Andermatt e cenografia e desenho de luz de Rui Horta, esta ópera, com libreto deRanieri de’Calzabigi que relata a história de amor e sedução entre Páris e Helena, um dos mais apaixonantes mitos da antiguidade, tem como solistas Carmen Matos, Marina Pacheco, Sara Marques e Sónia Alcobaça. O Coro é o do Estúdio de Ópera da Escola Superior de Música de Lisboa (sob a direcção artística de Nicholas McNair) e a Orquestra de Música Antiga da Escola Superior de Música de Lisboa (sob a direcção de Clara Alcobia Coelho, com Pedro Castro como responsável).

   É este o vídeo com que o espectáculo foi anunciado :

 

 

 

   Lembramos, porque por lapso o não fizémos ontem, que no mesmo São Luiz Teatro Municipal se estreia na Quinta 20 de Setembro (e apenas até Sábado 22) no Jardim de Inverno, às 23h30, o espectáculo humorístico “Dulce”,  resultante de uma residência entre artistas do Brasil e de Portugal, “dois países culturalmente cheios de diferenças e semelhanças, com um passado histórico comum e que, justamente por causa disso, possuem uma relação aceitação/rejeição ténue. Muitas vezes a barreira entre diferença e semelhança cultural fica tão indefinida, como acontece com a língua, que se perde o sentido do que é o quê” (diz o programa).

   Com autoria e interpretação de Michel Blois, Thiare Maia, Nuno Gil e Tânia Leonardo, a trama envolve dois casais amigos que se encontram para um jantar e aí são aflorados os mais ocultos ressentimentos e amarguras, levando para a cena interrogações sobre a existência humana, o amor, as relações familiares, Deus, a morte − interrogações visitadas e revisitadas utilizando a arma do humor.

 

 

 

   Entretanto no Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian, às 21h desta Sexta-feira 21 de Setembro, há um concerto Novas Vozes (de entrada livre) que culmina um workshop que decorreu ao longo de 2012, fruto de uma parceria entre a Fundação Calouste Gulbenkian e a ENOA – European Network of Opera Academies (Rede Europeia de Academias de Opera). Orientado pelo maestro e compositor Luca Francesconi,o workshop teve como tema central a escrita musical para voz, sendo dirigido a jovens compositores e pretendendo colocar em evidência alguns dos mais recentes conceitos composicionais que, neste domínio, se têm revelado inovadores, particularmente os relacionados com a utilização da voz humana enquanto recurso composicional, entrando em linha de conta com a riqueza e complexidade das possibilidades de interacção entre a palavra e o som.

   A Orquestra Gulbenkian (dirigida por Luca Francesconi) com a colaboração de Raquel Camarinha soprano, Carolina Figueiredo meio-soprano e Manuel Rebelo barítono, interpretará na 1ª parte pequenas obras já acabadas dos participantes como de Kim Ashton  O lótus estala, de Daan Janssens  …de l’Immense Infini, de Andrzej Kwiecinski Canzon de’baci, de João Filipe Ferreira  Wolfgang, de Sílvia Mendonça I am the escaped one, de Ana Seara  Conta do tempo, de Edward Luiz Ayres d’Abreu  Inscriptions X .

   Na 2ª parte ouvir-se-á Etymo II, uma obra de Luca Francesconi.

 

   Para melhor conhecimento, a Orquestra Filarmónica de La Scala dirigida por Ricardo Mutti interpreta “Wanderer” (Il Viandante) de Francesconi, escrito em 1998/9 :

 

 

 

   O Festival Rota das Artes tem o seu início na Sexta 21 de Setembro através duma “Homenagem a Cole Porter” no ambiente “elegante e transparente” do Pavilhão de Exposições do Instituto Superior de Agronomia na Tapada da Ajuda.

   Aí, às 21h30, o Maria João Trio (João Farinha teclados e André Nascimento electrónica) e os Lisbon Swingers glosarão os conhecidos temas do compositor norte-americano.

 

 

   Também o jazz  de acesso livre regressa à Praça Paiva Couceiro com a actuação, às 18h, do Rui Caetano Trio.

 

 

(para as razões desta nova forma de Agenda ler aqui ; consultar a agenda de Quarta aqui )

 

 

 

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