Pentacórdio para Segunda 1

por Rui Oliveira

 

 

   Na Segunda-feira 1 de Outubro, considerado o Dia Internacional da Música, não é muito abundante a actividade cultural relativa a tal efeméride pois a Câmara Municipal de Lisboa adiou o seu habitual Música nas Praças para o próximo Sábado 6.

   No entanto as Bibliotecas Municipais de Lisboa vão assinalar o Dia Mundial da Música com um programa dedicado ao compositor e pianista Bernardo Sassetti (1970-2012) com uma programação que inclui cinema e música. Cabe à Biblioteca Municipal Orlando Ribeiro receber o dia de homenagem, que arranca com uma exposição (que estará patente até ao final de Outubro) dedicada ao músico e que mostra discografia, filmes e livros que fazem referência a Bernardo Sassetti e que estão disponíveis nas Bibliotecas Municipais.

   Às 14h30, um programa pedagógico para escolas, intitulado “Grandes Filmes, Grandes Músicas”, recebe crianças e jovens para uma sessão dedicada à música cinematográfica. A fechar o dia, haverá um concerto pelo Instituto de Música Vitorino Matono (IMVM).

 

 

 

   Também na Segunda 1 de Outubro, o Teatro Nacional de São Carlos inicia uma série de Foyer Aberto (de entrada livre), às 18h, sobre “A Ópera em Portugal antes do São Carlos”.

   Neste dia abordar-se-á o período “Antes do Terramoto” e as cantoras Sara Braga Simões (soprano) e Ana Ferro (meio-soprano), acompanhadas ao piano por João Paulo Santos, cantarão obras de Francisco António de Almeida, Davide Perez, António Teixeira e Antonio Mazzoni.

 

 

 

   O Goethe-Institut (Instituto Alemão de Portugal) aproveita a data para celebrar o seu 50°aniversário, com um dia de portas abertas que envolve todos os departamentos do instituto. Será o dia da inauguração oficial do prédio no Campo dos Mártires da Pátria, com uma nova cara depois das profundas obras de melhoramento, incluindo o Jardim de Leitura, um novo espaço da biblioteca para a leitura ao ar livre, e o novo bar do Goethe Café. A inauguração de Sound Walk / Jardim dos Sons, uma instalação colectiva e inédita que integra o Festival Música Viva, às 15h, proporciona aos visitantes uma imersão em várias (25) paisagens sonoras.    Além da exposição de uma obra muito especial da artista Lourdes Castro com partes dos seus “Cadernos de Alemão” e o projecto da sua edição facsimile pela editora Documenta, são dois os concertos que se podem associar ao espírito do Dia Internacional da Música.

   Às19h, num Concerto de  Música de Câmara, os solistas do Festival Cantabile Tanja Becker-Bender (violino), Diemut Poppen (viola), Sebastian Manz (clarinete), Herbert Schuch (piano), Maria João Pires (piano) e Nicole Hagner (piano) tocam obras de Johannes Brahms, Aribert Reimann, Franz Schubert  e Michel Galante.

   À noite às 21h30 há Festa “1962” em que o Real Combo Lisbonense animará a noite com música dos anos 60 e onde se sugere aos convidados que trajem ao estilo da época.

 

 

 

   Também na Sala dos Espelhos do Palácio Foz, às 19h, se presta homenagem a este Dia da Música com um Concerto Coral pelo Quarteto Feminino Flor Essência – Ciranda da Arte (composto por Célia Moderato, Roberta Borges, Sheila Paiva e Valéria Mendes), uma iniciativa da Secretaria de Educação do Estado de Goiás (Brasil), que entoará obras da música tradicional brasileira, como Voz de mulher de Sueli Costa/Abel Silva, Melodia Sentimental de Heitor Villa Lobos, Tempo-Rei de Gilberto Gil, Foi Deus de Alberto Janes, Regra três de Vinícius de Moraes/Toquinho, Novo Amor de Edu Krieg,  Eu sei que vou te amar e Água de beber de Vinícius de Moraes/ Tom Jobim e outras.

   Obtivémos um registo recente (2012) mas de fraca qualidade que retrata aquele Quarteto Feminino interpretando Carnavalito humahuaqueño :

 

 

 

 

 

 

   Sugere-se ao leitor que, como evento alternativo à música, visite na Galeria de Exposições dos Paços do Concelho (na Praça do Município em Lisboa) a mostra fotográfica de Eduardo Gageiro intitulada “Lisboa Amarga e Doce” que irá encerrar a 9 de Outubro. Está aberta de Segunda a Sexta das 10 às 20h.

   Trata-se duma selecção pessoal da obra do conhecido e multi-premiado fotógrafo entre 1975 e 2010, a qual será em paralelo editada em livro (dando continuidade a “Lisboa Cais da Memória”, de 1954 até ao 25 de abril) onde as 300 fotos surgirão intercaladas com poemas de Camões, Pessoa e Ary dos Santos.

   Natural de Sacavém, a sua obra estará para sempre ligada às imagens sobre o 25 de Abril de 1974. O fotojornalista considera, no entanto, que a força do seu trabalho continua ligado aos rostos dos operários da antiga Fábrica de Loiça de Sacavém, onde começou a trabalhar ainda muito jovem, e se iniciou mais tarde na fotografia captando os rostos dos operários à saída da fábrica com uma máquina fotográfica de plástico para o periódico “Vida Ribatejana”. “Hoje uso uma máquina digital”, diz, “mas continuo a preferir trabalhar em película e fazer eu próprio o trabalho de laboratório”.

                  

 

 

 

 

(para as razões desta nova forma de Agenda ler aqui ; consultar a agenda de Sábado aqui )

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