Pentacórdio para Sexta 14 de Dezembro

por Rui Oliveira

 

 

 

a lã e a neve 

 

   Na Sexta-feira 14 de Dezembro estreia em Lisboa no Grande Auditório da Culturgest, às 21h30, “A Lã e a Neve”, uma criação da coreógrafa Madalena Victorino (foto) com música de Carlos Bica e João Paulo Esteves da Silva, onde permanece até Domingo 16 (às 16h).

a-lc3a3-e-a-neve-7   A co-criação e interpretação caberão a Àfrica Martinez Ferrin, Ainhoa Vidal, André Russo, Helena Martos Ramírez, Marta Silva, Mickael Gaspar, Patrick Murys, Paulo Mota, Romulus Neagu, com figurinos de Ainhoa Vidal e um filme documentário de João Vladimiro.

   “A Lã e a Neve é um espectáculo que procura nos corpos dos seus intérpretes a força para sair e rebentar com os limites da comunicação. Iremos certamente escorregar na neve e enlearmo-nos na lã que os tecelões, antigos pastores do norte interior das nossas montanhas, já não tecem. Queremos saber do sabor da lã. Queremos queimar as mãos com o ardor da neve. A lã e a neve, palavras irmãs, quase iguais, quase distantes” – disse Madalena Victorino em Junho passado antes da sua estreia em «Guimarães, Capital Europeia da Cultura», e acrescentou – “… Este trabalho é sobre a beleza da comunicação. Tomo os gémeos e a curiosidade que os envolve como fonte de pesquisa. Os irmãos amam-se, comparam-se e temem-se muito. Os gémeos estão ligados de um outro modo. A percepção do outro, os segredos da proximidade, ser o outro e nós mesmos num contacto; o espaço do outro que entra no nosso tempo, a antecipação, a telepatia, o encontro – Eis os eixos que nos levaram a descobrir gémeos de várias idades que vivem em aldeias da região de Guimarães e numa grande cidade como Lisboa. Fazê-los aproximar-se a propósito de um objeto de dança, música e silêncios que se constrói com eles e com artistas”.

 

 

 

   Também na Sexta-feira 14 de Dezembro outra estreia (esta absoluta) ocorrerá no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém, às 21h, no espectáculo original “3’30’’ Percussive Sung Songs” de Nuno Aroso e Rita Redshoes.

rita redshoes   Pergunta o próprio programa : “O que acontece quando desafiamos compositores da música contemporânea de tradição clássica a escrever uma peça de 3’30”, a duração comum de uma canção pop? E se a formação proposta for tão invulgar quanto uma cantora/songwriter e um percussionista contemporâneo?”

Nuno%20Aroso   “Para este programa, Nuno Aroso convida a cantora Rita Redshoes. Com trajectos notáveis nos seus meios de expressão musical, convergem na admiração mútua e na vontade incessante de se desafiarem enquanto artistas. Relevantes criadores portugueses e de outras partes do mundo aceitam o repto, fazendo surgir novos sons, palavras e gestos, dentro do pulsar único que é o tempo de vida de uma canção. Marimba, tambores vários, guitarras, organetas, electrónica, vibrafone, kalimbas, e até instrumentos reciclados como espátulas de pintura ou um sonoro candeeiro, são alguns dos muitos instrumentos que estarão no palco. A riqueza visual da performance, o enquadramento cénico e o desenho de luzes completam o mundo de «3’30’’».

   Enquanto a capacidade de Nuno Aroso como percussionista pode ver-se nesta sua actuação este ano em Vila Romana, Florença (Itália) http://youtu.be/ADXG60r85hc , já o mérito da componente vocal da cantora se pode aperceber neste “Choose Love” de Rita Redshoes :

 

 

 

Christopher_Bochmann_e1sandra-medeiros-p-pacheco - Copy   Em mais uma iniciativa integrando o “Natal em Lisboa 2012”, a Orquestra Sinfónica Juvenil e Coro do Instituto Gregoriano (maestro Armando Possante), sob a direcção do Maestro Christopher Bochmann acompanham a soprano Sandra Medeiros, às 21h30 desta Sexta-feira 14 de Dezembro na Basílica da Estrêla, para a execução dum programa composto pelas obras de:

      Mozart – Sonata de Igreja, nº. 12, Kv. 278 (Allegro)

      Mozart – Exsultate, jubilate, Kv. 165 (Allegro / Recitativo – Larghetto)

      Greene – Lord, let me know mine end

      Mozart – Ave Verum

      Mozart – Laudate Dominum

      Mozart – Sonata de Igreja, nº. 14, Kv. 329 (Allegro)

 

   A entrada é livre limitada à lotação de 300 lugares da igreja.

   Já mostrámos aqui o único registo (de qualidade média) da Orquestra Sinfónica Juvenil e do Coro do Instituto Gregoriano na Missa in Augusiis (ver http://youtu.be/Mjz8KpPmu9M ).

   Entretanto, um vislumbre da voz da cantora micaelense Sandra Medeiros, destacada executante tanto de música antiga como contemporânea, pode ouvir-se neste “Aleluia” do motete In furore de A. Vivaldi :

 

 

 

tito-paris 1   Quanto a outras músicas, ao Coliseu dos Recreios volta nesta Sexta-feira, às 21h30, o conhecido compositor, cantor e guitarrista cabo-verdiano Tito Paris que às suas mornas, coladeiras e funanás natais irá associar a música dos seus convidados a celebrar 30 anos de carreira, Dany Silva, Paulo Flores, Paulo Gonzo, Rui Veloso e Vitorino.

   Este foi um registo ao vivo no B.Leza em 2009 onde Tito Paris cantou a “Dança Ma Mi Criola” :

 

 

 

labirintosCarlos Barretto   No Ondajazz, às 22h30, na Sexta-feira 14 de Dezembro, a formação habitual Lokomotiv (Carlos Barretto  contrabaixo, Mário Delgado  guitarra e José Salgueiro  bateria e percussão) traz de novo o último álbum, após 15 anos de actividade, do projecto de Carlos Barretto intitulado “Labirintos”, gravado após sete anos de estrada pelo mundo fora e já considerado uma das obras creativas mais apreciadas do cruzamento intelectual e criativo destes artistas, sobejamente reconhecidos pelo público em geral e pela crítica em especial.

   Este é um registo ao vivo dessa divulgação feita no Verão no Ciclo de Jazz de Mira :

 

 

 

Variable Geometry Orchestra   Entretanto o Aquário da Galeria Zé dos Bois (ZBD) recebe no seu espaço a VGO – Variable Geometry Orchestra, às 22h da Sexta-feira 14 de Dezembro como parte de um festival exclusivamente dedicado ao catálogo Creative Sources, uma das mais importantes editoras a nível mundial no campo da música experimental e electro-acústica, e a pretexto da edição de mais dois discos seus ‘Pinkdraft’ e ‘Lisboa’.

   Um dia depois, no Sábado 15, também às 22h, será apresentada na Sala da Baronesa, uma sequência de espectáculos de diversas formações (1 solo, 1 duo, 2 trios e 1 quarteto) que actuarão cerca de quinze minutos cada um. Participarão neste evento nomes ligados à improvisação como Monsieur Trinité, Eduardo Chagas, Abdul Moimême, José Oliveira, D’Incise, Nuno Torres, Ricardo Jacinto, Carlos Santos e até mesmo o responsável da editora, Ernesto Rodrigues.

 

 

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   Por último (e com brinde final) nesta Sexta-feira 14 de Dezembro, a Fundação Calouste Gulbenkian prossegue a sua actividade de abertura ao público, organizando no seu Grande Auditório, às 21h30, mais uma sessão de entrada livre onde alguns Solistas da Orquestra Gulbenkian (neste caso Bin Chao violino, Lu Zhen viola, Varoujan Bartikian violoncelo, Marc Ramirez contrabaixo e Karina Axenova piano) irão tocar de Sérgio Azevedo  Die Forelle, oder ein Traum nach Schubert e de Franz Schubert Quinteto com piano, D. 667, “A truta”.

 

   Deixamo-lo, leitor, com uma gravação histórica da interpretação integral  deste Quinteto “A Truta” por um conjunto de músicos célebres onde constam Jacqueline du Pré violoncelo, Daniel Barenboim piano, Itzhak Perlman violino, Pinchas Zukerman viola e Zubin Mehta contrabaixo :

 

 

 

(para as razões desta nova forma de Agenda ler aqui ; consultar a agenda de Quarta aqui )

 

 

 

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