O GRUPO EM FORMAÇÃO – por António Mão de Ferro

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Há muitas definições sobre o que é um grupo. Uma delas poderá ser a de que é um conjunto de indivíduos com um objetivo comum, e em interdependência, que cooperam para atingir o fim que os reuniu. O grupo é mais do que o somatório dos seus membros, considerados individualmente, e na formação não foge à regra.

A dinâmica de grupos tem o seu quê de fascinante, daí não constituir admiração que muito se tenha escrito sobre ela. Contudo após a leitura fica-se sempre com alguma insatisfação, pois pretende-se sempre saber mais. Nas ações de formação encontram-se participantes que pretendem a todo o custo encontrar receitas para aplicarem em determinados momentos.

Na formação de formadores chegam mesmo a perguntar o que devem fazer quando se verificam situações de apatia ou de agitação. Por vezes é difícil convencê-los de que uma determinada situação pode ser muito mais complicada do que parece ou ter muito menos importância do que se poderá pensar. Porém esta explicação nem sempre consegue convencer os que fazem a pergunta.

Se houvesse uma receita todas as pessoas seriam exímias a lidar com grupos, bastava ir a um curso, decorar tudo o que o formador dissesse, e aí estava o sucesso! Mas na realidade as coisas não se passam assim. Um formador terá de descobrir as causas de determinados sentimentos: interrogar, observar, escutar, prestar atenção ao que se passa, dominar uma variedade de métodos e técnicas, e a partir daí optar por uns ou por outros. Isto obriga-o a reformular as suas estratégias, muitas vezes já no decorrer da formação. Se assim não fosse perder-se –ia o fascínio de ser formador.

O conflito numa sessão de formação, pode acontecer porque todo o adulto possui determinadas maneiras de agir e certas ideias bem definidas acerca de si próprio que acompanham o seu sistema de ideias e crenças. Daí que nalguns casos admitir que necessita de aprender algo de novo é considerar que algo está errado no seu sistema presente.

Conseguir que ele se desprenda de ideias feitas para que possa encontrar outras maneiras de proceder será uma das tarefas do formador. Para isso terá de dominar um conjunto de técnicas pedagógicas. É portanto necessário que o formador tenha adquirido essas competências e para isso ele deverá ter feito um curso de formação pedagógica de qualidade.

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