FALAR EM PÚBLICO – por António Mão de Ferro

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Para algumas pessoas falar em público é um ato natural. Estes comunicadores sentem-se no seu meio ambiente quando discursam ou debatem na presença de público, ou até, de uma câmara de televisão.

Infelizmente nem todos são assim, e há pessoas que, quando têm de falar em público, seja por motivos profissionais ou pessoais, sentem-se ansiosas, com medo de falhar, e acabam por não conseguir uma comunicação fluída, ou mesmo, por desistir. No entanto, falar em público com qualidade é algo que está ao alcance de todos.

Os primeiros momentos são normalmente os mais difíceis e podem definir o sucesso ou fracasso da  intervenção. As primeiras palavras levam os que as ouvem a criar uma determinada imagem e o julgamento que dela fazem pode ir reforçando o primeiro juízo.

Enquanto define o ritmo da  intervenção, o que vai comunicar, deve procurar  ver-se a si próprio perante um grupo ao qual tenha que se dirigir. Observar o silêncio a instalar-se na audiência enquanto profere argumento após argumento. Insistindo, consigo próprio e com entusiasmo, no que pretende conseguir.

Em vez de se deixar dominar pelo medo, que é um dos principais motivos de fracasso, deverá considerar que um certo receio de falar às pessoas pode ser útil para uma preparação mais adequada e para a pessoa ser mais cuidadosa, mas também para aceitar desafios invulgares. O pulso a bater mais depressa e a respiração acelerada não são caso para alarme.

Em vez disso deve aceitar que o receio pode ser um excitante para entrar em ação, contribuir para lhe dar mais fluência e expressar-se com mais intensidade do que se estivesse muito calmo.

A tensão emocional sentida pode ser angustiante se se pensar que se pode não estar à altura das expectativas de quem o ouve, mas esta mesma tensão emocional pode ser canalizada para jogar a seu favor.

Mas é preciso ter atenção e não deixar que esta tensão  faça sobreavaliar a qualidade da intervenção. Estimulado pela perspetiva de comunicar as suas ideias, não se deve correr o risco de julgar que o que se diz tem o mesmo interesse para os outros que tem para quem fala, o que nem sempre acontece! E se se pensasse que o tema é pouco apelativo e que é preciso organizar o discurso de modo diferente para reter o máximo de atenção?

Uma audiência agarra-se ao que pensa que lhe pode trazer vantagens, daí ser de todo o interesse começar-se com frases que permitam uma ligação a quem escuta. Desta forma,é muito importante conhecer bem o público, uma vez que a intervenção torna-se tanto mais atraente e com mais capacidade de ser escutada se forem realçados benefícios pessoais para os que a ouvem.

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