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O rio Volga nasce no planalto de Valdai, a noroeste de Moscovo. Encaminha-se primeiro para oriente, através de uma região de florestas, curvando-se primeiro para norte, e depois para sul, até encontrar o seu afluente Kama, passada a cidade de Kazan. A partir daí encaminha-se decididamente para sul, atravessando a zona de estepes, desprovida de árvores, até à sua foz no Mar Cáspio, junto a Astrakhan. Percorre ao todo cerca de 3700 quilómetros, recebe cerca de 200 afluentes, e a sua bacia hidrográfica tem mais de um milhão e meio de quilómetros quadrados. Cerca de 40 % da população russa vive nas suas proximidades. Existem numerosas barragens e albufeiras ao logo do seu percurso. Um sistema de canais permitem a ligação do Volga ao Mar Branco e ao Báltico, a norte, e aos Mares Negro e de Azov, a sul.
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Chamam ao Volga a mãezinha da Rússia. Também lhe chamam a Rua Principal. É que forma uma grande via de comunicação que liga o norte ao sul do país, e contribui decisivamente para o desenvolvimento das regiões que atravessa. É navegável na maior parte do seu curso. Onde existem desníveis têm sido construídas barragens hidroeléctricas. São numerosas as cidades importantes que têm crescido nas suas margens, desde tempos imemoriais. O Volga é um rio largo e geralmente pouco profundo. A imagem acima apresentada é de um local situado num meandro para oriente de cerca de 200 quilómetros, a Curva de Samara, onde recebe o rio Samara, que nasce nos Urais, e tem servido de ligação com o Oriente. A cidade de Samara, com mais de um milhão de habitantes, e um grande desenvolvimento comercial e industrial, é o eixo principal desta via de comunicação, mas há também outros centros urbanos de importância, como Togliatti.
O mapa acima refere outra importante ligação, entre o Volga e o Don, que desagua no Mar de Azov. Percebe-se facilmente a enorme importância que tem para a ligação à Europa Central, não só da Rússia, como também do Azerbaijão, do Cazaquistão e de outros países da Ásia, produtores de petróleo e de outras matérias.